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Sidrolandia

Trabalhadores na indústria de Bataguassu permanecem em greve

A Refricom é especializada na produção de alimentos em conserva, especialmente pepinos

MS Notícias

16 de Abril de 2010 - 10:55

Trabalhadores da indústria de alimentos Refricom, em Bataguassu - 340 km da Capital – continuam em greve, em protesto à inflexibilidade da empresa em negociar melhores salários para fechar a Convenção Coletiva de Trabalho 2010. Neste segundo dia de paralisação, mais de 200 funcionários estão concentrados na frente da empresa, apoiados pelo sindicato, Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Mato Grosso do Sul – FTIAA/MS e CUT.

Eles suspenderam as atividades depois que a empresa ofereceu uma contraproposta de piso salarial de R$ 540,00 e aumento de 5,5% para quem ganha acima desse patamar. Os empregados querem, respectivamente, R$ 580,00 e 10% de reajuste.

De acordo com informações de Raimundo Nonato do Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação, Panificação, Confeitaria, Laticínio, Frigorífico, Açougue e Matadouros de Bataguassu, a empresa conta com quase 300 empregados distribuídos em dois turnos (diurno e noturno) de trabalho. Há uma adesão de mais de 90%.ao movimento de paralisação.

Ontem (15) a direção da empresa recebeu uma comissão formada por empregados, sindicalistas e o presidente da federação, Vilson Gimenez Gregório. Depois de muita discussão, segundo o líder sindical, não houve acordo. “A empresa não quer avançar nos percentuais”, comentou.

A Refricom é especializada na produção de alimentos em conserva, especialmente pepinos. O sindicato dos trabalhadores não tem estimativa dos prejuízos provocados pela paralisação das atividades.

Vilson Gimenes disse que a manifestação está pacífica na empresa. Ele garantiu que os trabalhadores só voltam às atividades se a empresa concordar em avançar nas negociações salariais. “Não podemos aceitar apenas o índice de inflação (5,5%) como “aumento” salarial depois de 12 meses de trabalho sem qualquer reajuste”, comentou o sindicalista.

Raimundo Nonato lembrou que as indústrias, principalmente em Mato Grosso do Sul, não tem atravessado momento algum de dificuldade econômica. Ao contrário de outros países, onde as indústrias foram duramente castigadas por um crise quase global. “O trabalhador precisa ser valorizado. E o momento é esse, de repassar alguma compensação financeira pelo seu empenho no crescimento da economia da empresa, do município, Estado e País”, comentou.