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Sidrolandia

Três jovens confessam autoria de ciberataque mundial de 2016

Homens com idade entre 20 e 21 anos foram autores do golpe que atingiu Twitter, Amazon e fez do Brasil o segundo país mais contaminado com vírus.

G1

18 de Dezembro de 2017 - 09:52

A Justiça dos Estados Unidos acusou três homens de serem os responsáveis por um ciberataque generalizado que paralisou a internet em vários países no fim de 2016.

O Departamento de Justiça anunciou na quarta-feira (13) que um deles, o ex-estudante de Informática de 21 anos Paras Jha, admitiu ter codificado o programa malicioso usado para disseminar o golpe e se declarou culpado.

Josiah White e Dalton Norman, de 20 e 21 anos, respectivamente, também se declararam culpados por ajudar Jha no ataque.

  • O desafio do Mirai: como eliminar um vírus que prejudica os outros
  • Liberação de código do vírus Mirai dobrou o número de vítimas

O ciberataque paralisou muitos sites nos EUA e em outras partes do mundo em 21 de outubro, incluindo Twitter e Amazon.

Segundo documentos judiciais tornados públicos, Paras Jha admitiu ter codificado o "botnet" Mirai. Essa rede lhe permitiu controlar 100 mil objetos conectados. Esse exército de máquinas foi usado hackers para lançar os ataques de negação de serviço a vários servidores. Durante essas investidas, milhares de computadores tentam acessar um único serviço conectado com o objetivo de inundá-lo com solicitações e tirá-lo do ar.

O Mirai contamina câmeras de segurança IP e gravadores digitais de vídeo (DVRs). A firma de segurança Imperva estimou que 11,8% dos dispositivos infectados por esse vírus estavam no Brasil, segundo país mais afetado pelo malware. A fatia brasileira só era menor que a do Vietnã, que é de 12,8%.

  • Brasil é o 2º país mais contaminado por vírus que ataca câmeras

Após o golpe, o ex-estudante publicou o código-fonte do malware em um fórum para permitir que outras pessoas usassem. Os três enfrentam condenações de prisão e multas por várias acusações, incluindo fraude.