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Sidrolandia

Vereador denuncia que Saúde está com estoque quase zerado de remédios para uso contínuo

Entre as centenas de pessoas com saúde frágil, que depende de medicamentos de uso continuo, está dona Margarida de Lima Pereira, 70 anos, que sofre de Parkinson.

Flávio Paes/Região News

01 de Fevereiro de 2018 - 14:44

O vereador Carlos Henrique (PDT) se mostra indignado com a falta da maioria dos medicamentos de uso contínuo na rede pública de saúde em Sidrolândia. “Tenho sido procurado por pessoas de baixa renda que estão tendo de se sacrificar para comprar estes remédios. Estive na UPA e fui informado que nem há previsão de quando os estoques serão reabastecidos, pois dependeria de licitação, ainda sequer lançada”, comenta o vereador. Ele critica a falta de planejamento “e um total descaso com o sofrimento das pessoas”.

Entre as centenas de pessoas com saúde frágil, que depende de medicamentos de uso continuo, está dona Margarida de Lima Pereira, 70 anos, que sofre de Parkinson e faz tratamento de um câncer de mama. Desde novembro, está em falta nos estoques da Secretaria Municipal de Saúde, do medicamento (Levodopa + Carbidopa 250 mg/25 mg) que há 19 anos ela usa para amenizar os efeitos do Mal de Parkinson. 

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Ela toma 8 comprimidos a cada 24 horas e com isto, ou seja, ao longo de 30 dias precisa de sete caixas de um deles, cada caixa chega a R$ 60,00, um custo mensal de R$ 420,00, praticamente metade da sua renda de um salário mínimo da aposentadoria. Ela depende do filho, Nilton Pereira, para custear as despesas com a compra de remédios, frauda geriátricas, exames e viagens até Campo Grande, onde faz tratamento contra o câncer.

De acordo com o vereador, ao invés de resolver o problema, a administração municipal intimida as pessoas para não cobrarem na Justiça o fornecimento dos medicamentos. “Muita gente tem filhos, netos, esposa ou marido que trabalha na Prefeitura. Eles preferem sofrer calados diante do risco de sofreram retaliações funcionais”, denuncia. Procurado pela reportagem, o secretário municipal de Saúde, Nélio Paim, limitou-se a informar que a situação está sendo normalizada, mas não deu mais detalhes.