Sidrolandia
Volume de exportações de produtos industrializados de MS cresce 176%
Daniel Pedra/Região News
25 de Maio de 2010 - 06:48
O volume de exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul de janeiro a abril deste ano com relação ao mesmo período do ano passado cresceram 176%, saltando de 1,9 milhão de toneladas para 706,9 mil toneladas, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Já na comparação de abril deste ano com abril de 2009, o volume dobrou, aumentando de 219,4 mil toneladas para 438,5 mil toneladas.
Quanto à receita, as vendas externas de industrializados no mês de abri alcançaram US$ 134,5 milhões, o que representa crescimento nominal de 70,6% sobre igual mês de 2009, quando o valor foi de US$ 78,8 milhões. Já no acumulado do ano, as receitas obtidas alcançaram US$ 473,6 milhões, contra US$ 279 milhões em igual intervalo de 2009, crescimento nominal de 69,7%.
Em receita, igualmente aos meses anteriores, abril de 2010 mantém o mesmo comportamento, e também se consolida como o melhor resultado já obtido para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados
Com relação à participação relativa, no mês de abri as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 51% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul em relação à igual mês de 2009, ou sej, um resultado maior em 5 pontos percentuais. Já no acumulado do ano, na mesma comparação, constata-se que a participação passa a ser de 68,1%, indicando, deste modo, um crescimento de 8,8 pontos percentuais sobre o resultado obtido em igual período do ano anterior.
Desempenho geral
No ano, igualmente ao último levantamento, 11 dos 13 principais grupos de produtos industrializados exportados por Mato Grosso do Sul apresentaram crescimento em suas receitas, quando comparados com correspondente período do ano anterior. Os grupos Carnes e Miudezas/Cortes, Peças e Carcaças Complexo Frigorífico, Papel e Celulose, embalagens de papel ou papelão e demais artefatos de papel, Extrativo Mineral - Minerais Metálicos, Açúcar e Álcool, Couros e Peles, Alimentos e Bebidas, Óleos vegetais bruto e refinado, Compensados de madeira, móveis de madeira e madeiras trabalhadas, Calçados e suas partes, Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário e Demais Produtos Semi-manufaturados ou Manufaturados, registraram importantes evoluções em suas vendas externas.
O grupo Carnes e Miudezas/Cortes, Peças e Carcaças Complexo Frigorífico apresentou um desempenho crescente sustentado, sobretudo, pela elevação ocorrida nas vendas de pedaços e miudezas congelados de galos e galinhas e carnes desossadas e congeladas de bovinos, que proporcionaram uma expansão, em receita, no comparativo com igual período de 2009, equivalente a 42,2% e 25,7%, respectivamente. Em valores, o ganho adicional somado, decorrente das expansões observadas foi da ordem de US$ 42,4 milhões, crescimento de 20% sobre o saldo observado no último levantamento.
No caso do grupo Papel e celulose, embalagens de papel ou papelão e demais artefatos de papel o destaque, naturalmente, continua por conta da pasta química de madeira semibranqueda (celulose) que foi incorporada à pauta de industrializados no final do primeiro quadrimestre do ano passado e que registrou, somente em 2010, uma receita de exportação equivalente a US$ 70,4 milhões ou 94% da receita total do grupo. Outro importante produto é o papel fibra 150g/m² que começou a ganhar destaque no final de 2009, e que neste ano até o mês de abril alcançou a marca de US$ 3,5 milhões ou 4,6% do total.
Já no grupo Extrativo Mineral Minerais Metálicos, o valor alcançado, no ano, equivale a US$ 62,3 milhões. Reflexo, em maior medida, da retomada das exportações de Minérios de ferro em bruto, condição que vem se fortalecendo nos últimos meses, tanto que somente em abril as vendas do produto foram da ordem de US$ 12,1 milhões, totalizando, no ano, US$ 55,2 milhões ou 89% da receita total do grupo. Resultando num volume 3,7 vezes maior que o obtido em igual período do ano passado, com uma receita, na mesma comparação, superior em 2,2 vezes.