Sidrolandia
Zé Teixeira critica mapa de Injustiça Ambiental da Fiocruz
Para o deputado, esse é mais um caso que infringe a lei e a Constituição Federal
Conjuntura On-line
19 de Maio de 2010 - 16:51
O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) fez nesta quarta-feira duras críticas ao mapa de Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, elaborado pela Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz).
O documento cita cinco cidades de Mato Grosso do Sul, entre as quais Dourados, onde, conforme o mapa, a população afro-descendente da terra quilombola Desidério Felipe de Oliveira enfrenta a resistência de produtores rurais de soja e milho para obter a titulação do seu território.
Durante discurso na tribuna da Assembléia Legislativa, o deputado advertiu para mais um episódio infundado sobre quilombolas no Distrito de Picadinha. "Uma inverdade dita várias vezes, pode acabar se transformando em verdade, lamentou o parlamentar, ao sair em defesa dos produtores.
Em posse de documentação, Zé Teixeira afirmou que nunca houve comunidade quilombola na região de Dourados e que Desidério chegou ao Estado em 1921, ocupando uma área de 600 hectares na Cabeceira do São Domingos, no distrito de Picadinha.
Ele requereu do Estado o título de posse que saiu em1937. Como ele tinha falecido dois anos antes, a partilha foi feita entre os herdeiros. A maioria vendeu sua parte e agora os descendentes querem retomar a terra alegando ser quilombolas, explicou.
Para o deputado, esse é mais um caso que infringe a lei e a Constituição Federal. Os produtores rurais que vivem hoje nessa área, compraram e registraram a terra em cartório, tem o título da propriedade. Isto atinge o direito de propriedade e desrespeita a legislação do país, ressaltou.
Em aparte, o deputado Reinaldo Azambuja criticou as entidades que se utilizam dos índios para serem tendenciosas e acabam prejudicando o desenvolvimento do Estado.
É um absurdo o que está acontecendo nessa região, os produtores estão sendo desrespeitados. Os investidores não querem se instalar no Estado temendo essas questões e desapropriação de terras, disse.
Zé Teixeira deixou claro que as questões indígenas ou quilombolas devem ser respeitadas, assim como o produtor. Se o governo federal quer assentá-los, então indenize o proprietário da terra que pagou e tem direito sobre sua propriedade, sugeriu o democrata.