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Brasil

Grupo que usava fotos de ministros para golpes é alvo de operação

Criminosos se passavam por integrantes do primeiro escalão do governo para pedir transferência via PIX.

CNN Brasil

07 de Novembro de 2023 - 09:18

Grupo que usava fotos de ministros para golpes é alvo de operação
Grupo utilizava imagens, nomes e informações obtidas em canais oficiais para criar perfis falsos e pedir PIXMarcello Casal Jr/Agência Brasil

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu oito mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma quadrilha especializada em fraudes eletrônicas. Os criminosos usavam fotos de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para aplicar os golpes.

Entre autoridades que tiveram as imagens utilizadas estão os ministros Juscelino Filho (Comunicações), Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil), Luiz Marinho (Trabalho) e Carlos Lupi (Previdência Social).

De acordo com o delegado João Ataliba Neto, o grupo utilizava imagens, nomes e informações obtidas em canais oficiais para criar perfis falsos. Em seguida, entrava em contato com diretores e presidentes de órgãos públicos e privados se passando pelos integrantes do primeiro escalão do governo.

Geralmente, o pretexto dos contatos era algum pedido de transferências via PIX para ajudar pessoas supostamente necessitadas. Os golpistas diziam, segundo o inquérito, que os ministros não poderiam transferir diretamente, pois não poderiam vincular seu nome a tal pessoa e que depois de feito o pagamento solicitado, eles ressarciriam a vítima.

Os fatos começaram a ser apurados pela Polícia Civil após alguns dos ministros descobrirem que os nomes deles estavam sendo usado indevidamente.

Após seis meses de investigação, os policiais, com o auxílio operacional das polícias civis de Pernambuco e da Paraíba, conseguiram identificar dez integrantes do grupo criminoso, todos residentes nos estados de Pernambuco e Paraíba.

Os policiais ainda tentam identificar o total de vítimas e de autoridades públicas utilizadas pelo grupo criminoso, assim como quantificar o lucro obtido pelos criminosos. A pena para os crimes de fraude eletrônica e associação criminosa pode chegar a 8 anos de prisão.