Economia
Brasil cresce 1,17% em julho; alta neste ano é de 2,52%
Resultado do Índice de Atividade Econômica do BC foi divulgado nesta quinta-feira.
G1
15 de Setembro de 2022 - 08:39
O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou expansão de 1,17% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior, informou a instituição nesta quinta-feira (15). Com isso, o indicador iniciou o terceiro trimestre deste ano em alta. O resultado foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes.
De acordo com números do BC, a expansão de julho ficou igual à registrada em março deste ano (+1,17%) e foi a maior desde fevereiro de 2021, quando avançou 1,89%. Esse foi o segundo mês de alta seguida do indicador.
Na comparação com julho do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 3,87%.
Nível de atividade
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 1,2%. Apesar de ter sido acima do esperado, houve uma desaceleração frente ao ano passado - quando o PIB registrou expansão de 4,6%.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem estar social.
Já o IBC-Br do BC é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE (veja a diferença mais abaixo).
Parcial do ano e 12 meses
No acumulado de janeiro a julho deste ano, ainda segundo o Banco Central, o nível de atividade da economia brasileira registrou expansão de 2,52% (sem ajuste sazonal).
De acordo com o Banco Central, o indicador apresentou crescimento de 2,09% em 12 meses até julho. Nesse caso, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.
PIB X IBC-Br
O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Em agosto, a taxa atingiu 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos, para tentar conter a alta de preços. Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa permanecerá estável até o fim do ano, e que começará a recuar em 2023.