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ECONOMIA

Ceasa-MS mais que dobrou importações em 2024

Quase 90% de tudpo o que é comercializad na instituição vem de outros estados ou países.

Correio do Estado

27 de Março de 2025 - 16:10

Ceasa-MS mais que dobrou importações em 2024
Maçã foi o produto mais importado em 2024. Foto: Divulgação

Em 2024, a Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa-MS) registrou um aumento de 105% nas importações de frutas e hortaliças. Ao todo, de acordo com a Divisão de Mercado e Abastecimento (Dimer) da Ceasa-MS, a instituição recebeu 1.044 toneladas de origem estrangeira.

No ano anterior, o total de importações de outros países havia sido de 507 toneladas de frutas e legumes. As importações oriundas de outros estados somadas às do exterior totalizaram 188 mil toneladas. Isso corresponde a 86,83% de tudo o que foi comercializado na Ceasa em 2024.

Em contrapartida, a comercialização de produtos locais no Ceasa cresceu apenas 3,1%, com um total de 216 mil toneladas negociadas na instituição.

Importações

Com 536 toneladas de origens italiana, chilena, portuguesa e argentina, a maçã foi o produto mais importado em 2024. Em seguida, no ranking, estão o alho, com 217 toneladas, e a pera , com 111 toneladas, importados da Argentina e Espanha.

A lista de produtos importados para a Ceasa conta com 11 itens, sendo apenas dois hortaliças. Além do alho, também foram trazidas 26 toneladas de cebola do exterior. Já na lista de importadores, a Itália lidera o ranking com 364 toneladas enviadas em 2024. O país é seguido pela Argentina, com 241 toneladas, e pela Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que encaminhou 119 toneladas de produtos importados para a Ceasa.

Demanda

De acordo com André Vasconcelos, um dos proprietários da empresa Mape Frutas, a importação de frutas estrangeiras surge para atender a uma demanda do mercado por variedades que não são produzidas no país.

“O volume de consumo da maçã nacional é muito maior que o da maçã Red Delicious, que trazemos da Argentina, por exemplo, mas eu tenho clientes que preferem a Red. Então, eu tenho que buscar atendê-los”, exemplifica André.

A ausência de produção nacional e o período de entressafra das frutas no mercado interno também levam à compra de remessas vindas do exterior.

“No momento, estamos trazendo pêssego, ameixa e nectarina da Argentina e do Chile, porque acabou a safra brasileira. Para garantir um ciclo de frutas no mercado, 12 meses do ano temos que trazer algumas dessas frutas do exterior”, explica.