Economia
Dólar é cotado a R$ 5,30 e fecha janeiro com queda de quase 5%
Nesta segunda-feira (31), moeda norte-americana registrou recuo de 1,57%, a R$ 5,3054. Cotação foi a menor desde 22 de setembro do ano passado.
G1
31 de Janeiro de 2022 - 15:23
O dólar fechou em queda de 1,57%, cotado a R$ 5,3054, nesta segunda-feira (31), — menor valor desde 22 de setembro de 2021 (R$ 5,3036) — em um dia amplamente favorável a moedas e outros ativos de risco ao fim de um turbulento janeiro nas praças financeiras globais.
Na mínima intradiária, a cotação chegou a descer para R$ 5,2848.
No acumulado de janeiro, a moeda-norte-americana registrou recuo de 4,83%. É a maior desvalorização mensal desde novembro de 2020 (-6,82%) e a mais expressiva para meses de janeiro desde 2019 (-5,57%).Veja mais cotações.
Cenário
As atenções da semana foram voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros. A expectativa do mercado financeiro, é de que a Selic avance dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano, voltando a superar os dois dígitos após 4 anos e meio.
Juros mais altos no Brasil são amplamente vistos como positivos para o real, uma vez que elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico.
Os economistas do mercado financeiro elevaram pela terceira semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,15% para 5,38%, segundo o boletim Focus do banco Central. Para o PIB (Produto Interno Bruto), a expectativa de avanço no ano foi revisada de 0,29% para 0,30%.
O mercado manteve a expectativa de que a taxa básica de juros da economia encerrará 2022 em 11,75% ao ano, o que pressupõe novas elevações. Já projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 permaneceu em R$ 5,60.
No exterior, os mercados também seguiram monitorando os próximos passos da política monetária dos Estados Unidos, ao final de uma semana de bastante volatilidade, em que o Federal Reserve, o BC norte-americano, afirmou que deve começar em breve a subir a taxa de juros do país.
Na cena geopolítica, o Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta segunda-feira (31) a pedido do governo dos Estados Unidos que, ao lado de seus aliados da Otan, tenta dissuadir a Rússia de invadir a Ucrânia, ao mesmo tempo que já discute um pacote de sanções contra os russo.