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Economia

Endividado deve escolher pagar IPVA e IPTU em parcelas

A primeira parcela deve ser paga em 1º de fevereiro. Afinal, compensa pagar o valor dos impostos à vista ou parcelado

Fátima News

11 de Janeiro de 2011 - 10:35

As contas do começo do ano já começaram a chegar. O boleto para pagamento do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) já chegou e a primeira parcela para carros com placa final 1 vence nesta terça-feira (11). No caso do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), a primeira parcela deve ser paga em 1º de fevereiro. Afinal, compensa pagar o valor dos impostos à vista ou parcelado?

Tanto no caso do IPTU como no do IPVA, se pessoa tiver dinheiro aplicado na poupança, por exemplo, compensa pagar os dois à vista com desconto, explica o diretor do comitê econômico da Anefac (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), Roberto Vertamatti.

- Não é bom pagar à vista em caso de consumidores que estejam endividados no cheque especial e no cartão de crédito. Nesses casos, os juros são estratosféricos. No caso do cartão de crédito, o juro médio é da ordem de 250% ao ano. No cheque especial, é de 150% ao ano. Se a pessoa tem dívidas no cartão, esquece: paga o IPTU, IPVA, escola, material escolar, tudo em parcelas.

O IPTU em São Paulo pode ser pago à vista com desconto de 6% ou em dez vezes, com juros de cerca de 0,60% ao mês - praticamente o mesmo rendimento mensal da poupança. No caso do IPVA, o motorista do Estado pode pagar à vista com 3% de desconto ou parcelar em três vezes, com juros mensais de aproximadamente 0,80%.
Considerando apenas IPVA, Vertamatti explica que, com o dinheiro aplicado na poupança, o consumidor teria um lucro de cerca de 1,60% ao final dos três meses, no caso do pagamento parcelado. Já o desconto para pagamento à vista é de 3%, “então compensa pagar à vista”.

Dívida pelo pagamento

O economista afirma que, se o consumidor não tiver a grana para pagar os impostos, tomar empréstimo para pagá-los é uma opção a ser descartada.

- Não compensa fazer uma dívida para pagar o IPTU ou IPVA, embora existam bancos fazendo isso. O que não pode, nem no IPVA nem no IPTU, é correr o risco de atrasar, o que pode causar multas pesadíssimas. Se o consumidor estiver nessas circunstâncias, aí compensa pegar um crédito consignado, que é um dos mais baratos [do mercado].

Em 2011, o brasileiro - em especial o paulistano - pode preparar o bolso: os preços dos transportes e da habitação já estão mais caros. O ônibus na capital paulista, por exemplo, subiu 11,11% e o aluguel, reajustado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), teve alta de mais de 11,32%. O IPTU também está 5,5% mais caro em 2011.