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Economia

Força Sindical quer apoio da bancada de MS para aprovar mínimo de R$ 580

As centrais, de maneira geral, e os demais organismos do movimento sindical brasileiro são contrários ao reajuste sem ganho real

Wilson Aquino

29 de Dezembro de 2010 - 10:27

Força Sindical quer apoio da bancada de MS para aprovar mínimo de R$ 580
Wilson Aquino

A Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul quer o apoio dos deputados e senadores da bancada de MS no Congresso Nacional para rejeitar a proposta do presidente Lula de fixar o novo salário mínimo em R$ 540,00 e aprovar um mínimo de R$ 580,00, que será proposto por alguns parlamentares.

De acordo com o presidente da entidade no Estado, Idelmar da Mota Lima, "a proposta do governo repassa apenas o índice de inflação acumulado no ano, ou seja, não tem ganho real. E isso contraria a política do presidente Lula que sempre teria lutado contra as desigualdades sociais", explicou.

Idelmar da Mota Lima pede a cada um dos deputados de Mato Grosso do Sul, inclusive os novos, que serão empossados em 2011, para que aprovem um salário mínimo maior que o proposto pelo governo "que apenas repõe o índice de inflação perdido nos últimos 12 meses". Em janeiro, a Força Sindical Regional MS deverá enviar ofício aos parlamentares reforçando esse pedido.

As centrais, de maneira geral, e os demais organismos do movimento sindical brasileiro são contrários ao reajuste sem ganho real. Mas foi a Força, segundo Idelmar, quem subiu o tom na defesa de um valor maior.

Em nota assinada pelo presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, também líder do PDT na Câmara dos Deputados, a Força Sindical se coloca contra a idéia do presidente Lula de manter o salário mínimo em R$ 540,00 a partir de janeiro.

Além de sugerir a elevação para R$ 580,00, a Força pede também o reajuste de 10% para os aposentados que recebem benefícios superiores ao piso.

NOTA

No final de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece querer que esqueçamos que seus 8 anos de governo foram direcionados para o enfrentamento das desigualdades sociais. Os insensíveis tecnocratas, ainda enraizados na área econômica, insistem em dar um pífio aumento para o salário mínimo.

O governo não pode esquecer que um salário mínimo digno é uma forma de distribuir renda e de seu significado para mais de 40 milhões de trabalhadores e aposentados brasileiros.

Diante de tal fato, informamos que assim que a Medida Provisória do Governo Federal, indicando tal valor para o piso nacional, chegar ao Congresso Nacional iremos protolocar Emendas cobrando um salário mínimo de R$ 580, conforme reivindicação unitária das Centrais Sindicais, e aumento de 10% para os aposentados que ganham valores acima do piso.

Ressaltamos a importância do processo iniciado no acordo com as Centrais Sindicais em 2006 de valorização do salário mínimo, previsto até 2023. Vale também lembrar que os reajustes derivados deste acordo foram extremamente importantes para o círculo virtuoso da economia que estamos presenciando.

Esta política voltada para os menos favorecidos e de bons reajustes para o piso nacional, vale destacar, teve forte impacto nos índices recordes de aprovação do presidente Lula. Estes reajustes do piso fortaleceram o mercado interno, aumentando o consumo, a produção e, consequentemente, gerando novos postos de trabalho.

Destacamos também que um reajuste digno para o salário mínimo ajudará a aumentar o piso de diversas categorias.

– Veja a íntegra da nota divulgada pela Força Sindical nacional na terça-feira (27):