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Economia

Reajuste nos preços da gasolina e do diesel para distribuidoras entra em vigor

Petrobras anunciou na sexta (17) que gasolina sobe 5,18% e diesel tem alta de 14,26%. Litro da gasolina vendida às distribuidoras passa de R$ 3,86 para R$ 4,06. Para o diesel, preço médio sobe de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.

G1

18 de Junho de 2022 - 07:54

Reajuste nos preços da gasolina e do diesel para distribuidoras entra em vigor
Foto: Divulgação

As novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras entra em vigor neste sábado (18). O reajuste foi anunciado na sexta pela Petrobras. O preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passa de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Para o diesel, preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).

O diesel não era reajustado desde 10 de maio - há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março - há 99 dias. Os preços do GLP não serão alterados. A alta foi tema de discussão em reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras na quinta-feira.

Durante a reunião, segundo blog do Valdo Cruz, os conselheiros ligados ao governo tentaram convencer a empresa a segurar o aumento. Só que a diretoria relatou o teor das conversas realizadas com o governo nos últimos dias, quando a equipe do presidente Jair Bolsonaro não aceitou conceder um subsídio para a estatal e para importadores privados trazerem o diesel mais caro no exterior e vendê-lo no Brasil com um valor mais baixo.

Justificativa

Na nota em que anuncia o reajuste, a Petrobras afirma que o mercado global de energia está atualmente em "situação desafiadora", por conta da recuperação da economia mundial e a guerra na Ucrânia.

A estatal aponta, ainda, que "é sensível ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e compreende os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos", e que tem buscado equilibrar seus preços com o mercado global, sem o repasse imediato da volatilidade dos preços externos e do câmbio.

"Não obstante, quando há uma mudança estrutural no patamar de preços globais, é necessário que a Petrobras busque a convergência com os preços de mercado", diz a nota, que sugere que, de outra forma, poderia haver risco de desabastecimento interno.

Preço nas bombas

Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Segundo a ANP, o preço médio da gasolina no país ficou em R$ 7,247 na semana encerrada no dia 11. Já o do diesel, em R$ 6,886.

Medidas

O Congresso aprovou esta semana o projeto que limita a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia, gás natural, comunicações e transportes coletivos. A medida é uma das tentativas do governo federal para reduzir o preço dos combustíveis em ano eleitoral. Para entrar em vigor, ela agora depende da sanção presidencial.

Preocupado com a alta dos combustíveis em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro tem pressionado a Petrobras a não repassar a alta internacional dos preços do petróleo para as bombas. Desde 2016, a estatal passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de 60% no ano, e encerrou a quinta-feira (16) a US$ 120,95 o barril.