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Educação

Prefeitura oficializa que só em 2021 voltam as aulas presenciais nas escolas municipais

Flávio Paes/Região News

13 de Outubro de 2020 - 09:32

Prefeitura oficializa que só em 2021 voltam as aulas presenciais nas escolas municipais
Neste ano os alunos só tiveram 18 dias letivos de aulas presenciais.  Foto: Assessoria de Imprensa

A Prefeitura de Sidrolândia oficializou nesta terça-feira (13), o cancelamento das aulas presenciais na rede municipal de ensino até o término do ano letivo, previsto para dia 21 de dezembro. A medida, que na semana passada já havia sido anunciada pelo Governo do Estado, foi oficializada justamente no dia em que a Secretaria Municipal de Saúde comunicou não ter havido nenhuma nova notificação de Covid-19, fato inédito desde abril, quando foi registrado o primeiro caso. Neste ano os alunos só tiveram 18 dias letivos de aulas presenciais. 

Além do risco de uma segunda onda de transmissão do novo coronavírus, também foi determinante para estender a proibição das aulas presenciais (que estão suspensas desde dia 23 de março), o fato da Prefeitura (a exemplo de todas as outras) não terem recursos para bancar as medidas de biossegurança necessárias para retomada das atividades.

Seria preciso fazer uma testagem em massa dos alunos (são em torno de 8 mil), dos professores e demais profissionais de educação, além da aquisição de equipamentos de segurança e a dificuldade de manter o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os alunos. 

De acordo com o decreto, a rede municipal permanecerá com o atendimento remoto, por intermédio de atividades impressas ou de forma virtual. As escolas vão permanecer funcionando para atender aos alunos que estejam com dificuldades de aprendizagem, oferecendo-lhes atendimento por meio do serviço denominado “Reforço Escolar/ Plantão Tira-Dúvidas” e para acesso ao material impresso, ou de acesso as atividades virtuais.

De qualquer forma, uma resolução da Secretaria de Educação, baixada em junho, os alunos terão aprovação automática. Todas as atividades elaboradas pelos professores para os estudantes fazerem em casa terão 6 de nota mínima.

A progressão, já existente para os alunos do 1º ano independente de avaliação, será estendida para o restante do Ensino Fundamental como forma de evitar prejuízos às crianças, além de manter o fluxo de progressão das séries.

Em 2021, conforme a mesma resolução, os professores terão de ajudar os estudantes que enfrentarem dificuldades de aprendizagem porque não terão o conteúdo (que é pré-requisito) de forma presencial neste ano. O maior desafio será para quem está hoje no 9º ano e obrigatoriamente, para ingressar no Ensino Médio, vai migrar para a rede estadual.

Alguns alunos simplesmente “sumiram” das escolas, mas os diretores tem tentado localizá-los. Uma situação emblemática foi o de uma aluna da Escola Natália Moraes de Oliveira, que até o mês passado não havia feito nenhuma das atividades. Acabou se constatando que a mãe da criança se mudou para a Campo Grande, se “esqueceu” de pedir a transferência dela e matricula-la numa escola da capital. 

A falta de aulas presenciais certamente vai impactar no desempenho dos alunos no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), uma avaliação que é feita de dois em dois anos sobre o nível de aprendizagem em português e matemática dos alunos das séries inicias (4º e 5º ano) e finais (8º e 9ª ano) do Ensino Fundamental. Pelo calendário do MEC, em 2021, se não houver nenhuma mudança, haverá provas do IDEB ano que vem. Em 2019, resultado divulgado, a rede municipal de ensino de Sidrolândia não atingiu a meta. Os alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental tiveram média 4,8, quando a meta era 5,7. Já os do 8º e 9º, tiraram 3,0 de média, quando a meta era 5,2.