Esporte
Brasil empata com Senegal e aumenta jejum após Copa América
Seleção sai na frente com golaço de Firmino, mas leva o empate em pênalti e sofre pressão até o fim
Band.com
10 de Outubro de 2019 - 14:32
A Seleção Brasileira segue sem vencer após a disputa da Copa América. Após empate com a Colômbia e derrota para o Peru, em setembro, a equipe dirigida por Tite não foi além da igualdade por 1 a 1 com Senegal, em amistoso disputado nesta quinta-feira em ritmo morno em Cingapura.
A escalação do time-base que conquistou o título da Copa América, reforçado por Neymar, e o bom começo de jogo, com o golaço marcado por Roberto Firmino, davam a impressão de que a Seleção poderia voltar a vencer. Mas atuando em ritmo lento, teve nova atuação apática, chegando a ser dominada em alguns momentos do jogo.
Quem também pouco produziu foi Neymar, que atingiu nesta quinta a marca de cem jogos disputados pela Seleção. Mas esteve, perdendo, inclusive, uma chance clara de gol no primeiro tempo e só sendo perigoso em cobranças de falta na segunda etapa. Foi bem diferente da outra principal atração do amistoso, o senegalês Mané, que liderou a sua equipe e, em jogada individual, sofreu o pênalti que originou o gol de empate do amistoso, que atraiu apenas 20.621 torcedores ao Estádio Nacional de Cingapura. A Seleção voltará a jogar no domingo, novamente, em Cingapura, a partir das 9 horas (de Brasília), diante da Nigéria.
O JOGO - O início da partida em Cingapura foi de domínio da Seleção Brasileira. O quarteto ofensivo composto por Phiilippe Coutinho, Gabriel Jesus, Roberto Firmino e Neymar se movimentava bastante. E o time marcava forte a saída de jogo de Senegal, aumentando a sensação de pressão.
Assim, não demorou a sair o primeiro gol. Aos oito minutos, em uma bela trama, Coutinho lançou Gabriel Jesus, que avançou pelo meio e tocou para Firmino em profundidade. O camisa 20 entrou na área e tocou por cobertura, fazendo 1 a 0.
Só que ficou praticamente nisso, pois se dava a impressão de domínio do jogo, a Seleção optou por desacelerar o ritmo. E Neymar, em noite apagada, era pouco participativo e ainda cometia erros em vários lances. Era o oposto do principal jogador senegalês, Mané, que liderava as ações ofensivas de sua Seleção e dava muito trabalho a Daniel Alves.
Com uma transição rápida, Senegal passou a criar chances de gol - e a dar trabalho a Ederson. Foi assim aos 19, com um chute perigoso de Gueye, de fora da área, para fora, e aos 25, quando Mané parou no goleiro. O jogador do Manchester City ainda faria intervenção difícil aos 39, em finalização de Diédhiou, após cobrança de escanteio.
O gol senegalês veio no fim da primeira etapa, quando Mané buscou a jogada individual e ao passar por Daniel Alves e Marquinhos, foi derrubado pelo zagueiro do Paris Saint-Germain. Diédhiou bateu muito forte e empatou o jogo. Só aí a Seleção buscou novamente o gol. Já nos acréscimos, Neymar recebeu lançamento de Coutinho dentro da área, ficou de frente com o goleiro e chutou por baixo para ótima defesa de Gomis.
Na etapa final, o ritmo lento na intermediária se repetiria na Seleção, com a criação de poucas jogadas perigosas. Houve algumas exceções, como aos cinco minutos, quando Casemiro viu Gomis adiantado e tentou marcar de cobertura, com o goleiro fazendo a defesa. E, principalmente, aos sete, quando Coutinho, jogador mais criativo do Brasil na partida, avançou e tocou nas costas da zaga para Gabriel Jesus, que buscou finalizar na diagonal na saída do goleiro e ficou reclamando de pênalti não marcado.
Além disso, a marcação do sistema defensivo era pouco agressiva, permitindo que Senegal ficasse com a posse, ainda que sendo bem menos incisivo na criação do que no primeiro tempo. Assim, o marasmo da partida só seria interrompido em jogadas de bola parada como aos 23 minutos, quando, em cobrança de falta da intermediária, Neymar bateu no canto do goleiro, com a bola passando por cima da meta.
As entradas de Everton Cebolinha, Richarlison e dos estreantes Matheus Henrique e Renan Lodi não alterariam muito esse cenário, tanto que Senegal teve duas ótimas chances de gol no fim, com Sidy Sarr, que parou em Ederson, e Mané, que acertou a trave. A Seleção ainda teria e perderia uma última oportunidade, com Richarlison, e ainda veria Neymar parar em Gomis em nova cobrança de falta. Assim, o amistoso terminou com um preguiçoso empate por 1 a 1.