Esporte
Brasil quer a vitória contra o Japão para cativar a torcida e embalar na Copa das Confederações
Nos últimos dias, no entanto, o Brasil tem evitado a torcida, adotando cuidados necessários quando se joga em casa, nas palavras de Felipão.
Gazeta Esportiva
15 de Junho de 2013 - 09:00
A Seleção Brasileira finalmente terá contato com a população do Distrito Federal. Neste sábado, o time comandado por Luiz Felipe Scolari deixará o seu refúgio no Brasília Palace Hotel para estrear na Copa das Confederações contra o Japão, diante de milhares de torcedores no Estádio Mané Garrincha, a partir de 16 horas (de Brasília). O principal objetivo é cativar o público com uma vitória.
Não sei se temos de jogar de uma forma diferente para isso, mas é preciso fazer com que o torcedor participe do torneio desde o início. Devemos motivar a torcida local para nos sobrepormos a algumas dificuldades. Essa é a vantagem de jogar uma grande competição em casa, comentou Felipão, com a experiência de quem já comandou a Seleção de Portugal como mandante em uma Eurocopa, em 2004.
Nos últimos dias, no entanto, o Brasil tem evitado a torcida, adotando cuidados necessários quando se joga em casa, nas palavras de Felipão. A seleção chegou a Brasília na quinta-feira e desembarcou na pista, sem passar pelo saguão do aeroporto. Também frustrou alguns torcedores que a aguardavam no hotel, com policiamento intensivo e acesso bastante restrito.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) minimizou o distanciamento, culpando as normas da Fifa e de seu hotel. A entidade até usou o site oficial para emitir uma defesa aos jogadores: Famosos, assediados em todo o mundo, muita gente imagina que sejam mascarados, arredios ao contato com os torcedores. Muito ao contrário. São pessoas simples, amigos e atenciosos no trato com as pessoas.
Simplicidade é justamente o que o Felipão quer para começar a fazer a seleção encantar o público brasileiro. Contra o Japão, o técnico repetirá a escalação e a estratégia que utilizou nos últimos amistosos, o empate com a Inglaterra e a vitória sobre a França, sempre cauteloso com a sua defesa. O Neymar pode driblar. O Paulinho pode avançar. Tudo isso desde que tenham cuidado ao perder a bola e olhem para uma série de detalhes, afirmou.
Deixar Neymar à vontade pelo menos fora de campo é uma das maiores preocupações de Felipão. O atacante recebeu a camisa 10, tem sido protegido em entrevistas e foi o último jogador da Seleção Brasileira a se pronunciar em coletiva. Já falei mais de uma vez que todos os jogadores são importantes. Faço parte de uma equipe, disse, irritado. Espero que os torcedores entendam que estamos defendendo o País e fiquem do nosso lado.
Pelo Japão, o técnico italiano Alberto Zaccheroni tem feito mistério, na tentativa de surpreender o Brasil de Felipão. A escalação de sua equipe não foi confirmada. Respeito, ele já conseguiu ganhar. Vergonha perder para o Japão? Não acho nada disso. Eles têm qualidade. Se não tivessem, não seriam o primeiro time a se classificar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, enalteceu Luiz Felipe Scolari.
FICHA TÉCNICA
BRASIL X JAPÃO
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data: 15 de junho de 2013, sábado
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Pedro Proença (Portugal)
Assistentes: Bertino Miranda e José Trigo (ambos de Portugal)
BRASIL: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Fred e Neymar
Técnico: Luiz Felipe Scolari
JAPÃO: Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno e Nagatomo; Hasebe, Endo, Okazaki e Honda; Kagawa e Maeda
Técnico: Alberto Zaccheroni