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Esporte

Brasil quer ficar entre os dez países com mais medalhas nas Olimpíadas Rio 2016

Agência Brasil / Ministério do Esporte / Palácio do Planalto

14 de Agosto de 2012 - 13:25

Equipe brasileira termina Olimpíadas de Londres na 22ª posição, com 17 medalhas.

Depois de 17 dias de Jogos Olímpicos em Londres, o Time Brasil conquistou um total de 17 medalhas, ocupando a 22ª posição no ranking geral de países.

Já para os próximos jogos, no Rio de Janeiro em 2016, a meta é ficar entre as dez nações no quadro de medalhas.

Para isso, o governo federal vai lançar um plano de investimento, cujo ponto-chave será aumentar a participação de atletas brasileiros em competições internacionais.

O trabalho será feito prioritariamente com as seleções sub-21 e sub-19 e vai ter planos específicos para cada esporte.

Além das competições, atletas vão receber treinamentos de comissões e técnicos estrangeiros.

Outra estratégia para aumentar o número de medalhas é aumentar o foco nas modalidades individuais que o País já vem desenvolvendo e tendo bons resultados, como judô e o boxe.

Segundo o Ministério do Esporte está prevista ainda a criação de instrumentos como a Bolsa-Técnico, o Plano Medalha e a melhoria dos equipamentos da infraestrutura esportiva.

Para garantir a colocação entre as dez potências com maior número de medalhas, o Brasil vai precisar conquistar cerca de 30 medalhas, 13 a mais do que as garantidas em Londres.

O número alcançado este ano superou a previsão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que esperava 15 medalhas, o mesmo resultado de Pequim.

Em Londres, o Brasil conquistou três medalhas de ouro com a seleção de vôlei feminino; Sarah Menezes, do judô, e de Arthur Nabarrete Zanetti, da ginástica artística. Os brasileiros também conquistaram cinco medalhas de prata.

Entre os segundos lugares, o pugilista Esquiva Falcão divide espaço com as equipes masculinas de futebol e vôlei de quadra, a dupla Alison e Emanuel no vôlei de praia, e Tiago Pereira na natação.

As nove medalhas de bronze foram alcançadas por Adriana Araujo (boxe feminino), Yamaguchi Falcão (boxe masculino), Felipe Kitadai e Mayra Aguiar (judô), César Cielo (natação), Robert Scheidt e Bruno Prada (vela) e Juliana e Larissa (vôlei de praia feminino).

A última medalha conquistada pelo Brasil foi mais um bronze no último dia de competições.

Depois de mais de dez horas de competição, a pernambucana Yane Marques conquistou a medalha inédita no pentatlo moderno.

O esporte tradicional nas Olimpíadas, criado em 1912, é dividido em cinco modalidades: esgrima, natação, hipismo e combinado (alternância de corrida e tiro esportivo).

Entre as conquistas brasileiras que ficam marcadas na história do País, estão o primeiro ouro no judô feminino e na ginástica artística masculina, o recorde brasileiro de quatro medalhas no judô e no vôlei, e de três no boxe.

Para o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o desempenho da delegação nacional correspondeu ao esperado.

“Dos atletas que alcançaram medalhas nos esportes individuais, dez são bolsistas do Ministério do Esporte”, destacou o ministro em entrevista na embaixada brasileira em Londres.

Apesar de ter alcançado a meta de medalhas, alguns resultados do Brasil foram classificados como “pontos de atenção” pelo COB.

Foi considerado insatisfatório o fato de a ginástica artística feminina não ter chegado a nenhuma final, a ausência de medalhas no atletismo, hipismo e taekwondo, o basquete e o futebol femininos fora das semifinais, a vela com apenas uma medalha e a natação com apenas duas.

Segundo o comitê, esses pontos serão tratados nas reuniões que começam a ser feitas com as confederações de cada modalidade no Brasil.

Na comparação com o ciclo olímpico de Pequim, os investimentos oriundos da Lei Agnelo/Piva passaram de R$ 230 milhões para R$ 331 milhões nos quatro anos até Londres.

De acordo com o COB, grandes potências gastam, em média, mais de US$ 1 bilhão no mesmo período.

A lei, de 16 de julho de 2001, estabelece que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do País sejam repassados ao COB e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).