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Esporte

Fábio Koff é eleito presidente do Grêmio para o biênio 2013-2014

Aos 81 anos, Koff volta ao cargo que ocupara em outras duas oportunidades. O atual mandatário Paulo Odone, que tentava a reeleição, ficou em segundo lugar.

Globo Esporte.com

22 de Outubro de 2012 - 08:00

A 'era Arena' do Grêmio já tem o seu presidente. Com 7.696 dos votos, ou 57,5%, Fábio Koff foi eleito para o biênio 2013-2014, os primeiros anos do novo estádio do clube gaúcho. Aos 81 anos, Koff volta ao cargo que ocupara em outras duas oportunidades. O atual mandatário Paulo Odone, que tentava a reeleição, ficou em segundo lugar, com 4951 votos, ou 36,7%. Homero Bellini Júnior teve 843 votos, ou 6,25%.

 A eleição no Olímpico neste domingo totalizou 7.964 votantes presenciais (sendo 7.935 de votos válidos, 21 nulos e 8 brancos). Outros 5.583 exerceram sua preferência por correspondência (5.556 válidos, 24 nulos e 3 brancos). No total, 13547 votos, a maior eleição da história do clube, desde que os sócios passaram a participar, em 2004.

- Sou um homem do futebol. Volto para uma empreitada, que me motiva profundamente - afirma Fábio Koff durante a coletiva no no Espaço Rudi Armin Petry, no Olímpico. - Saúdo a todos os presidentes. O Grêmio é feito, sim, por aqueles que ganharam e por aqueles que perderam. E aqueles que ganharam muito. Tive o privilégio de estar nos momentos mais importantes da vida do Grêmio. Peço aos companheiros do Conselho de Administração que me ajudem e a Deus que me ilumine. E que nós possamos retribuir a confiança daqueles que nos colocaram nesse cargo.

Eleito usa discurso de conciliação

Seu discurso foi de conciliação, com a promessa de unir o clube. Também afirmou que vai "morar" na Arena, a despeito de quem considerava que, por não ter participado ativamente da construção do estádio, Koff valorizaria menos a obra.

- O que está certo vamos manter. O que está certo não será mudado. Se eu não fui a Arena, agora vou morar na Arena. Antes, eu morava no Olímpico - defendeu.

Ainda em tom aglutinador, pediu ao torcedor que mantenha a fé no time da gestão de Odone e diz torcer pelo título da Copa Sul-Americana:

- Nós temos uma Sul-Americana pela frente, um título de âmbito internacional. Faço um apelo ao torcedor, que dê força à equipe que está aí para que vença o torneio e garanta a participação na Libertadores do próximo ano. Nosso sonho é ser tri da América.

Sobre o seu modelo de gestão, já anunciou uma novidade. Haverá um executivo profissional e mais dois assessores, cargos políticos, ligados ao Conselho de Administração, composto por Adalberto Preis, Marcos Herrmann, Nestor Hein, Odorico Roman, Renato Moreira e Romildo Bolzan Júnior.

Terceiro mandato de Koff

Koff presidiu o Grêmio em duas oportunidades, entre 1982 e 1983 e, depois, de 1993 a 1996. Na primeira chance, venceu a Libertadores e o Mundial. Em sua segunda passagem, repetiu a Libertadores e ainda levou a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

 

Em 1996, assumiu o Clube dos 13, instituição criada em 1987 para defender os interesses políticos e financeiros dos principais clubes do Brasil. Permaneceu 16 anos no cargo, até o enfraquecimento da entidade. Assim, aceitou o pedidos dos movimentos de oposição do clube para concorrer nesta eleição.

Durante toda a campanha, deflagrada em 4 de setembro, Fábio Koff usou contra Odone, seu principal adversário no pleito, a falta de títulos na última década, prometendo o retorno das conquistas em sua gestão.

Para tanto, contou com o apoio de antigos ídolos de seus times campeões. Mazaropi, Hugo De Léon e Renato Gaúcho, da era de 1983, e Paulo Nunes, Jardel, Dinho e Adilson, da equipe de 1995, são alguns dos exemplos mais marcantes.

- Estou contigo, meu presidente - disse Renato, em evento em Porto Alegre na última quinta-feira que reuniu apoiadores de Koff.

Embora bastante referendado pelo passado de conquistas, Fábio Koff tentou realizar uma campanha eleitoral baseada no futuro. Ao apresentar o plano de gestão para o biênio 2013-2014, ainda em setembro, o dirigente mostrou um planejamento elaborado nos dois últimos anos e que tem como pilares o exemplo do Barcelona, a governança corporativa entre os 14 movimentos políticos do clube, a profissionalização levada à risca e, claro, relação próxima com a torcida.

 Aqui, aliás, uma novidade: seu grupo fez uma eleição entre os gremistas para saber qual o reforço pretendido. Este nome, garante, foi contatado e aguarda o resultado do pleito para definir seu futuro.