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Esporte

Medo de novas vaias Dilma não discursa na abertura do Mundial

Dilma foi apupada por quase 70 mil pessoas no estádio Mané Garrincha, em Brasília, pouco antes de o Brasil vencer o Japão por 3 a 0

iG

12 de Junho de 2014 - 15:40

A menos que quebre o protocolo, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), não fará qualquer pronunciamento antes da partida de abertura da Copa do Mundo, marcada para as 17h de hoje, na Arena Corinthians, entre Brasil e Croácia. Quem garante é o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

“Tudo tem seu lugar e não existe motivo para presidente da República falar em jogo de futebol”, afirma Aldo, sem esconder que a sonora vaia que Dilma recebeu no jogo inaugural da Copa das Confederações, no ano passado, pesou na decisão de se calar neste momento.

Dilma foi apupada por quase 70 mil pessoas no estádio Mané Garrincha, em Brasília, pouco antes de o Brasil vencer o Japão por 3 a 0. Ela pegou o microfone das tribunas da arena e ao tentar falar, era duramente vaiada.

“Aquilo foi orquestrado por gente ligado à política. E sei disso porque estou sempre em Brasília e conheço vários dos que organizaram”, assegura o ministro, reconhecendo que a eleição presidencial, em outubro, seria um prato cheio para novo protesto — Dilma vai tentar a reeleição.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também deve evitar pronunciamentos, temendo que sua imagem fique arranhada diante de todo o planeta caso sofra vaias – a partida de abertura da Copa será assistida para bilhões de pessoas.

Caso Dilma e Blatter não falem, será quebrada uma tradição de mais de 20 anos. O presidente do país e o da Fifa mandaram mensagens ao público nas últimas cinco Copas do Mundo.

Por falar em chefes de estado e afins, a alemã Angela Merkel, o holandês Guilherme Alexandre, o russo Vladimir Putin e outros 14 chefes de estado confirmaram presença na Arena Corinthians.

Antes de Brasil x Croácia, eles têm almoço marcado com Dilma. Até o chinês Xi Jinping, presidente da China, que nem está na Copa, irá ao jogo.

Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou há semanas que não viria ao Brasil para a abertura do Mundial. Mas a diplomacia brasileira recebeu sinalização de que o político mais poderoso do mundo pode aparecer de surpresa.