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Para ficar de olho: conheça cinco novatas que podem brilhar na Copa do Mundo Feminina
Torneio começa nesta sexta-feira, na França; Brasil estreia no domingo
Globo Esporte
07 de Junho de 2019 - 16:43
A Copa do Mundo Feminina é o evento que reúne as melhores atletas da modalidade no planeta. E, especialmente, neste ano, o Mundial da França está cheio de novidades entre seus elencos.
Por isso, o GloboEsporte.com listou cinco novatas para você ficar de olhodurante a competição, que começa nesta sexta-feira.
O Brasil, aliás, estreia na Copa do Mundo no próximo domingo, às 10h30 (de Brasília), contra a Jamaica, em Grenoble.
Confira:
Mary Fowler - Austrália
A atacante australiana Mary Fowler pode bater recorde no Mundial da França. Isso porque, se ela entrar em campo, a jogadora será a atleta mais nova da história a participar de uma Copa do Mundo, com 16 anos e quatro meses. Só não é a mais nova a ser convocada, porque, em 1999, a nigeriana Ifeanyi Chiejive foi chamada para o campeonato, tendo completos 16 anos e 34 dias – no entanto, ela não jogou.
Mas a convocação de Mary não foi das mais simples, já que, no ano passado, o pai da australiana, Kevin Fowler, não permitiu que a filha participasse dos amistosos de pré-temporada para a Copa do Mundo.
Kevin é irlandês e tem mais outros dois filhos que jogam bola, Quivi e Ciara, e ambos já atuaram nas categorias de base de times da Irlanda. Sendo assim, o sonho do pai é que os três pudessem atuar pelo mesmo país, para que ficassem todos juntos. Mas já que o pai e a mãe estão baseados na Austrália, e Mary é australiana, a seleção nacional não resistiu em convocá-la.
Khadija "Bunny" Shaw - Jamaica
Khadija "Bunny" Shaw, ou Khadija "Coelhinho" Shaw (tradução livre), tem 22 anos, 1,80m de altura e é um dos principais nomes da classificação histórica da seleção jamaicana na Copa do Mundo.
Mas, apesar da estatura e da segurança em campo, Khadija carrega consigo uma história de superação. Vinda de uma periferia de Kingston, capital da Jamaica, ela é de uma família de treze irmãos, sendo que quatro morreram – três deles envolvidos com o crime organizado. Ainda assim, ela nunca desistiu. Foi a primeira e, por enquanto, única de sua família a cursar ensino superior. Atualmente ela estuda comunicação social na Universidade de Tennessee, onde também joga no time feminino do Tennessee Volunteers Athletics.
É também a primeira vez na história que um time caribenho se classificou para o Mundial Feminino. E isso só aconteceu porque a filha do Bob Marley financiou o projeto, com a Fundação Bob Marley, e promoveu estrutura para que as meninas pudessem chegar tão longe.
Mal Pugh - Estados Unidos
Um dos motivos para as tricampeãs americanas estarem sempre entre as favoritas dos Mundiais é a experiência do seu elenco. Mas este ano, o time resolveu dar chances às jovens promessas, e descobriram a atacante de 22 anos, Mal Pugh.
Mal é o apelido para Mallory, jogadora do Washington Spirits, que decidiu se tornar profissional aos 18 anos, quando deixou a universidade de Malton Vista, em Highlands Ranch, no Colorado, para se aventurar na capital.
Ela também se destaca por ser muito veloz, tanto que até foi apelidada como "The Flash" entre suas companheiras.
Desde 2017, Mal já fez 50 jogos pela seleção, com 15 gols marcados, sendo três, neste ano, nas últimas sete partidas.
Linda Motlhalo - África do Sul
Quando Linda chegou ao nono ano, foi chamada para participar da seleção sub-17. Ao completar 18, já pelo sub-20, chamou a atenção das Banyana Banyana, a seleção principal.
Seu primeiro time profissional foi o Houston Dash, no Texas, em 2018. Já esse ano, a meia foi negociada com a Super Liga da China, mais precisamente para a equipe Beijing Phoenix.
Ludmila - Brasil
A novata Ludmila, atacante do Atlético de Madrid, é uma das principais promessas da seleção brasileira treinada por Vadão. Ela é paulista e tem 24 anos.
Ludmila já fez de tudo antes de jogar bola. Competiu no atletismo, dançou hip-hop e lutou capoeira. Ela mesma já chegou a dizer que foi o futebol que a escolheu, não o contrário. A atacante teve um passado difícil, que incluiu a perda da irmã, sua melhor amiga, envolvida com drogas. Cresceu com a tia, depois de ter ficado seus primeiros três anos de vida em um orfanato.
Ela é uma das estreantes da equipe do treinador Vadão. Com a Seleção, Ludmila tem quatro jogos e um gol marcado.