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Esporte

Pensando em deixar CBF, Andrés Sanches diz que Felipão deve comandar seleção

Ele admitiu que pensa em sair, e deu a entender que Luiz Felipe Scolari será o escolhido para substituir Mano Menezes à frente da Seleção Brasileira.

UOL Esportes De São Paulo

27 de Novembro de 2012 - 14:53

Andrés Sanchez ainda é diretor da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), mas não deve permanecer por muito tempo no cargo. Ontem, ele admitiu que pensa em sair, falou em tom de despedida e deu a entender que Luiz Felipe Scolari será o escolhido para substituir Mano Menezes à frente da Seleção Brasileira.

“Não pedi demissão e nem fui demitido. A tendência é essa [de sair], mas eu ainda vou ter uma reunião com o presidente Marin e não vou falar para vocês o que eu pretendo falar pra ele”, disse Andrés, em um primeiro momento.

Mais tarde, ele mudou o tom e deixou a dúvida de lado. “Eu sou conselheiro do Corinthians. Agora é um momento de reciclagem. Não sei o que eu vou fazer em 2013”, resumiu Andrés, que também não confirmou sua candidatura à presidência da CBF em 2014, quando possivelmente concorreria com Marco Polo del Nero, hoje vice de Marin e seu virtual sucessor.

Andrés ainda falou que o técnico Luiz Felipe Scolari está “apalavrado” para ser o novo treinador da seleção, assumindo o lugar deixado por Mano Menezes.

“Pelo que eu tenho visto e lido, parece que o Felipão está apalavrado. Eu li por aí, com jornalistas sérios, que eu confio, que ele está apalavrado”, disse Andrés, que ainda deu a entender que Mano Menezes foi demitido por questões políticas.

A rusga de Andrés, contratado por Ricardo Teixeira, com a atual direção não é nova, mas chegou ao ápice na semana passada, quando o ex-presidente do Corinthians foi voto vencido na discussão que culminou na saída de Mano Menezes. O cartola revelou que o treinador passou perto de cair há alguns meses e criticou o momento escolhido pela CBF para a mudança.

“No começo ficou decidido que ele [Mano] iria para a frente, até a Copa das Confederações e quem sabe mais adiante. [A demissão] está em um momento muito errado. Não é uma crise, mas gera uma insegurança. Estamos a três, quatro dias do sorteio da Copa das Confederações e não temos treinador”, disse Andrés.

O diretor pretendia encontrar Marin, mas não conseguiu agendar uma reunião com o presidente e a conversa pode ser realizada hoje.

Questionado sobre como é a sua relação com o presidente José Maria Marin, Andrés disse que não tem problemas com o chefe. “Minha relação com o Marin sempre foi respeitosa, sempre fui ouvido, mas a última palavra é dele”, afirmou o dirigente. Quando questionado novamente, Andrés saiu pela tangente. “Você sabe? Nem eu”.

O presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Marco Polo Del Nero, afirmou na manhã de ontem que a demissão do técnico Mano Menezes foi decidida exclusivamente pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, sem que outros dirigentes fossem consultados.