Solidários com movimento nacional, caminhoneiros de Sidrolândia protestam contra preços abusivos do diesel

Mobilizados pela Cooperativa de Transportes (Cootransidro), caminhoneiros de Sidrolândia participam de uma manifestação em solidariedade ao movimento nacional de protesto contra os aumentos abusivos no preço do óleo diesel, que neste ano já subiu 35%.

Ao invés do bloqueio do trânsito, pelo menos 50 motoristas preferiram estacionar seus caminhões às margens da BR-060, saída para Campo Grande, a partir da Borracharia do Félix. Muitos caminhoneiros de passagem pela cidade participaram de pelo menos 40 minutos da mobilização.

Segundo o presidente da Cootransidro, Jesusmar Volpe, em Sidrolândia são pelo menos 500 motoristas trabalhando com transporte de cargas, 58 deles filiados à cooperativa. A escalada de aumento do diesel está tornando a atividade insustentável, já que o combustível representa 70% dos custos.

Tomando como referência um consumo médio de 2,6 litros por quilômetros, com o diesel a R$ 4,26 o litro, num frete até Maracaju, uma distância média de 100 quilômetros, só com combustível a despesa chega a R$ 426,00, considerando o percurso de ida e volta, o que torna impraticável qualquer frete, já que é preciso computar outros gastos, além da remuneração do motorista. Quem é associado à cooperativa paga R$ 4,11 pelo litro do diesel, desde que tenha carta-frete.

Manifestações

A manifestação dos caminhoneiros contra o preço do óleo diesel acontece em todo o país. Em Mato Grosso do Sul eles interditaram três trechos de rodovias federais de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, a BR-163 foi fechada no km 478, próximo o Posto Caravágio, por volta das 10h, segundo informou boletim da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Os manifestantes atearam fogo a pneus e só estão permitindo a passagem de ambulâncias e ônibus.

A BR-163 também está fechada no km 324, em Rio Brilhante. Já em Maracaju, a BR-267 foi fechada no km 365. Equipes da PRF foram enviadas aos três pontos para tentar liberar o trânsito.

A greve nacional dos caminhoneiros contra os aumentos sucessivos do diesel tem adesão de pelo menos 19 mil profissionais em Mato Grosso do Sul, segundo o Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos). Os veículos estão parados no pátio de vários postos de combustíveis e até o momento não há informações sobre interdição de rodovias como em outros estados.

Segundo informações do G1, nesta segunda a greve impede o tráfego de veículos na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Paraná.