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Policiais que deixaram preso fugir do hospital vão à julgamento dia 24
O suspeito foi levado ao hospital após passar pela UPA onde os médicos diagnosticaram a dor no peito da qual se queixava como possível sintoma de tuberculose.
Redação/ Região News
09 de Julho de 2023 - 21:23
A Auditoria Militar marcou para o próximo dia 24 às 16h15, o julgamento do soldado Patrick Denner Costa Siqueira e do cabo André Luiz Pereira, acusados de terem agido de forma negligente, o que possibilitou a fuga do Hospital Elmiria Silvério Barbosa de um preso. Walbert dos Santos Silva estava sob a escolta deles. O suspeito foi levado ao hospital após passar pela UPA onde os médicos diagnosticaram a dor no peito da qual se queixava como possível sintoma de tuberculose.
Walbert foi preso na entrada de Sidrolândia quando tentava passar a cidade, em direção ao Paraguai com o carro roubado em Campo Grande de uma motorista aplicativo. O suspeito aproveitou que estava sozinho na enfermaria do hospital e fugiu .
Há versões contraditórias a respeito das circunstâncias da fuga. Os funcionários disseram em depoimento que ele não estava algemado . O suspeito disse que conseguiu abrir a algema usando um clipe.
Os policiais foram denunciados pelo promotor de Justiça, Thalys Franklyn de Souza, incursos no artigo 179 do Código Penal Militar, " deixar por culpa fugir pessoa legalmente presa confiada à sua guarda ou condução, evasão de preso ou internado".
Se condenados podem cumprir pena de três meses a um ano de detenção. Os depoimentos colhidos durante o inquérito policial militar foram unânimes no relato que o preso não estava algemado enquanto permaneceu no hospital.
Walbert disse que foi levado ao hospital porque teria sido agredido durante a prisão e não porque tivesse com tuberculose, doença da qual já estaria curado. Na versão do suspeito, ele chegou ao hospital algemado à maca.
Teria aberto a algema usando um clipe afixado junto ao prontuário que a médica lhe entregou para assinar. Quando ela saiu do quarto para buscar um medicamento e encostou a porta, Walbert aproveitou-se para fugir pela janela. Esta versão corrobora a tese dos policiais de que eles o algemaram à cama. Os policiais ficaram sentados do lado de fora, segundo eles por precaução, para não se contagiar com tuberculose. A médica plantonista e os funcionários que atenderam o preso, negaram a versão dele.