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Sem viabilidade, entreposto do Ceasa será transformado na sede da Sederma
As instalações construídas na saída para Campo Grande, concluídas há dois anos, onde foram aplicados mais de R$ 600 mil na construção.
Redação/ Região News
05 de Fevereiro de 2023 - 19:56
As instalações construídas na saída para Campo Grande, concluídas há dois anos, onde foram aplicados mais de R$ 600 mil na construção e mobília do que seria uma Unidade de Apoio de Distribuição da Agricultura Familiar, vão abrigar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiental [Sederma]. No próximo dia 16, a proposta de mudar a destinação do prédio de 450 metros quadrados, será avaliada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR).
O projeto de implantar uma central de abastecimento foi abandonado, segundo o presidente do CMDR, Alberto Alves Souza, porque praticamente toda a produção de hortigranjeiros da cidade (2 mil toneladas em 2022) é levada para comercialização na Ceasa em Campo Grande. Os próprios supermercados da cidade abastecem suas gôndolas das seções de verduras e legumes, com produtos adquiridos na Capital.
Não há também escala e uma produção diversificada de itens suficiente para tornar o espaço um polo de comercialização . Isto é feito na Ceasa de Campo Grande onde foi aberto um específico para os agricultores familiares da região levarem suas produções .
"De 2011, quando foi pensada a construção de um Ceasa, mudou a estrutura de produção dos assentamentos. Boa parte dos lotes hoje está com lavouras de soja e milho, arrendados para grandes produtores", explica Alberto, favorável a proposta de levar a estrutura da Sederma (que hoje funciona num imóvel alugado).
Projeto antigo
O projeto de construir uma central onde os agricultores familiares pudessem comercializar a produção de hortigranjeiros foi lançado em 2011, portanto há 12 anos. Em 2012 o então deputado federal Reinaldo Azambuja e o senador, Delcidio do Amaral viabilizaram R$ 450 mil junto à Sudeco para construir e equipar a primeira etapa da unidade que numa fase seguinte seria ampliada para ter um espaço de classificação e embalagem dos legumes para agregar valor. Havia até um recurso suplementar de R$ 450 mil para essa segunda etapa, mas o recurso acabou perdido por causa do atraso na execução do projeto.
Em 2015, após alguns entraves burocráticos, foi homologada a licitação vencida pela Construtora São Braz Ltda, com o orçamento de R$ 388.148,00. Como os repasses atrasaram, a obra parou no final de 2016 quando 70% do serviço estava concluído e tinham sido aplicados R$ 285 mil. Só em 2009 foi feita uma nova licitação para terminar a obra, serviço orçado em R$ 192 mil. O prédio ficou pronto em 2021 e as mobílias foram adquiridas ano passado.