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Sistema de Monitoramento de Desmatamento e Queimadas usado pelo MS é case de sucesso na COP27
A delegação de Mato Grosso do Sul que participa do evento, também apresentou o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa no Estado.
Correio do Estado
13 de Novembro de 2022 - 21:54
Durante apresentação no painel Data Driven Decision Public Policy Framework, na 27ª Conferência das Nações Unidas (COP27) sobre Mudanças Climática, realizado em Sharm El Sheikh no Egito, o Sistema de Monitoramento de Desmatamento e Queimadas por meio de imagens de satélite, adotado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), foi mostrado como um case de sucesso pelo o diretor executivo da empresa Codex, Luiz Marchiori e pelo diretor-presidente do Imasul, André Borges.
"Durante a apresentação foi possível compreender como a tecnologia e inovação podem impactar a nossa sociedade, quanto o mundo, tornando-se referência internacional no monitoramento do desmatamento", informou o diretor-presidente, André Borges.
O Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, lembra que o sistema apresentado na COP 27 "foi validado pelo órgão ambiental de Santa Catarina e customizado para a utilização pelo Imasul para identificação de desmatamento ilegal em nosso Estado".
A delegação de Mato Grosso do Sul que participa do evento, também apresentou o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa em nosso Estado. O documento foi apresentado no painel que falou sobre as iniciativas do "Consórcio Brasil Verde: Novo Instrumento Regional para Captação de Financiamento Climático", organizado pelo grupo Governadores pelo Clima (GPC), iniciativa articulada pelo Centro Brasil no Clima.
O processo de implantação do Sistema de Monitoramento de Dematamento e Queimadas teve início após o termo de cooperação firmado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e Imasul com os órgãos ambientais do PR, SC e RS em reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), em março deste ano. O Protocolo de Intenções foi assinado no último sábado, 12 de novembro, na Meeting Room do Multilevel Action Pavilion (ICLEI LGMA Pavilion), na Blue Zone da COP27.
Além do diretor-presidente do Imasul, André Borges, representam Mato Grosso do Sul na COP27 a Coordenadora Jurídica da PGE na Semagro, Senise Freire Chacha; a coordenadora do Inventário de Emissões de GEE de MS, bióloga Sylvia Torrecilha e a Coordenadora de Cooperação Internacional e Comércio Exterior, Thais Fernanda Silva Guimarães.
Compromisso
A iniciativa prevê o fortalecimento da cooperação para incluir a variável climática nos processos decisórios dos Estados do bloco, por meio da constituição de um sistema integrado e permanente de informações climáticas e do compartilhamento das bases de dados e de conhecimento para inovação e boas práticas.
Entre elas estão:
a promoção de padrões sustentáveis para atividades agropecuárias;
o fortalecimento de políticas e medidas para alcançar o desmatamento ilegal zero;
a compensação das emissões de gases de efeito de estufa provenientes da supressão legal da vegetação;
a recuperação de florestas; e a substituição gradativa de fontes fósseis.
Com economias baseadas na agricultura e na pecuária, os quatro Estados se comprometeram em estabelecer metas para o reflorestamento e restauração florestal; apoiar a elaboração do Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono e a implantação de sistemas de manejo sustentável de florestas nativas; e promover a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas.
A iniciativa também prevê a elaboração de instrumentos legais que permitam o Pagamento de Serviços Ambientais para mitigar e adaptar os impactos da crise climática; a criação de mecanismos de ordem e penalização das emissões de gases do efeito estufa; o fortalecimento das instituições de pesquisa meteorológica e climatológica; a eficiência energética; e compras públicas sustentáveis.