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Tamanduá albino muda de cor e fica irreconhecível em Mato Grosso do Sul
Acredite, é ele. Entenda por que o tamanduá albino Alvinho está mudando de cor.
Midiamax
21 de Março de 2025 - 08:24

Lembra dele? Alvinho, o único tamanduá-bandeira albino catalogado no mundo, passou por uma “mutação” natural e trocou a cor da pelagem, característica que o diferenciava de qualquer outro exemplar da espécie. Vivendo na área do Cerrado da cidade de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, o mascote surgiu irreconhecível na última semana e surpreendeu os profissionais que acompanham seu crescimento.
Monitorado por meio de um colete com GPS, o tamanduá foi localizado pela médica veterinária Grazielle Soresini e o biólogo Rodrigo Falcão Ventura. Eles foram visitar o animal na natureza para ver se ele estava bem e se seu colar de rastreamento estava devidamente posicionado, mas quase não o reconheceram.
De acordo com o Projeto Bandeiras e Rodovias, do Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), o mais marcante foi encontrá-lo com a pelagem muito escura, quase marrom. Assim:

Logo, os profissionais se lembraram de quando encontraram o exemplar pela primeira vez. Na ocasião, uma das primeiras perguntas levantadas pelos pesquisadores foi: será que sua pelagem tão clara dificultaria sua camuflagem, tornando-o uma presa mais fácil para predadores?
Dois anos depois, a resposta veio. Os pelos do comedor de formigas acabaram ficando escuros, mas por uma mutação natural e não genética. “Com o tempo, percebemos que, por ele dormir diretamente no chão, sua pelagem vai escurecendo gradualmente, tornando sua camuflagem ainda mais eficiente”, destaca o Icas.
“Alvinho é realmente cheio de surpresas. Um tamanduá único, diferente dos outros, que nos encanta cada vez mais”, comenta o projeto.
Veja como Alvinho era:

Quase três anos após sua descoberta em Três Lagoas (MS), o raro tamanduá-bandeira albino Alvinho segue crescendo saudável e independente, sob o cuidado do Projeto Bandeiras e Rodovias, do Icas.
“Alvinho está super saudável, mesmo com um peso um pouco abaixo do ideal para sua idade. Ele é fundamental para entendermos como tamanduás albinos interagem com o ambiente”, explica Arnaud Desbiez, pesquisador e presidente do Icas.