Mato Grosso do Sul
Capital antecipa feriados para 9 dias de fecha tudo
Medidas serão regulamentadas em decretos que saem até sexta-feira, para conter a pandemia de covid-19.
Campo Grande News
18 de Março de 2021 - 18:51
Nove dias de veto ao funcionamento de atividades não essenciais em Campo Grande, a partir de 22 de março, e antecipação dos cinco próximos feriados. Essas são duas das medidas definidas nesta tarde em reunião entre autoridades da saúde e empresariado, como forma de frear o contágio da covid-19 na cidade.
"Por conta disso, decidimos antecipar os dias de feriado, assim como muitas capitais estão fazendo, sem prejuízo ao comércio e salvando vidas", complementou.
A doença, que chegou aqui há um ano, está batendo recordes de internação, ocupando a totalidade dos leitos da cidade. Até medicamentos estão faltando para intubar pacientes e não há mais como ampliar a estrutura de atendimento.
A capital de Mato Grosso do Sul tem hoje 116 pacientes esperando leito de UTI, informou ao Campo Grande News o secretário estadual de Saúde, Geraldo Rezende, ao definir a situação atual como "cadastrófica e dramática".
Quando a quando - Segundo o Campo Grande News apurou, a espécie de lockdown a ser regulamentada amanhã começa no dia 22 e prossegue por 7 dias, juntando os feriados que serão antecipados. Os nove dias citados são completados com o sábado e domingo deste fim de semana (20 e 21).
Durate período de restrições, só serviços essenciais funcionarão. Decretos da prefeitura e do governo do Estado trarão as regras. A princípio, bares e restaurantes só poderão fazer delivery.
Serão antecipados os feriados da Semana Santa, Tiradentes, Corpus Christi, Dia do Trabalho e Aniversário da cidade, em agosto e até 7 de Setembro, Dia da Independência.
Números da pandemia - Desde os primeiros casos de covid-19 em Campo Grande, já foram 80,3 mil casos e 1,6 mil óbitos.
Em Mato Grosso do Sul, já são quase 200 mil confirmações e 3.740 mortos. O secretário Geraldo Resende disse que o panorama é tão grave que 10 leitos de UTI foram abertos em Ponta Porã, e já estão ocupados, desde ontem, assim como novas vagas criadas em Três Lagoas, na região oeste.
Presente à reunião, o chefe do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Alexandre Magno Lacerta, a situação é muito complicada. Citou, ainda, que o efeito prático de medidas como as que serão adotadas exige prazo por 15 dias, maior do que o definido.
"Vai ser uma semana, a cidade tentará ganhar um fôlego. Mas é importante que a população compreenda o momento e colabore. Fiquem em casa, nós imploramos para a sociedade. Pessoas estão morrendo e não tem nenhuma UTI. Não importante se você é rico, não importa dinheiro", conclui.