Mato Grosso do Sul
Com gentílico pantanense e sigla PN, deputados voltam a falar em mudar nome do Estado
projeto não muda o nome do Estado, mas trouxe o assunto para Assembleia, com deputados manifestando interesse pela mudança.
Investiga MS
13 de Setembro de 2023 - 13:50
Os deputados estaduais voltaram a debater nesta, quarta-feira, a possibilidade de troca do nome de Mato Grosso do Sul para “o Estado do Pantanal”. O assunto voltou ao debate com a aprovação em primeira discussão, por 19 votos favoráveis e um contrário, do projeto de lei do deputado Júnior Mochi (MDB), que determina a inclusão da nomenclatura “O Estado do Pantanal” junto ao logotipo dos órgãos estaduais.
O projeto não muda o nome do Estado, mas trouxe o assunto para Assembleia, com deputados manifestando interesse pela mudança. O deputado estadual Zeca do PT falou da importância do debate e chegou a sugerir uma ampla discussão e até um plebiscito para o tema.
Já o deputado Pedro Kemp (PT) fez esclarecimentos sobre nomenclatura e sigla, reforçando que se mudar de nome, os sul-mato-grossenses serão chamados de pantanenses e não pantaneiros, já que este gentílico é dado a quem nasce na região do Pantanal.
Kemp ainda reforçou que diferentemente do que alguns dizem, para serem contrários à mudança, a sigla do Estado não será PT, em caso de troca para Estado do Pantanal, mas sim “PN”. O deputado Rinaldo Modesto (Podemos) defendeu a mudança, afirmando que o Estado teria muito a ganhar.
Os deputados Lídio Lopes (Patriota), Zé Teixeira (PSDB), Neno Razuk (PL) e Renato Câmara (MDB) sinalizaram voto contrário a qualquer mudança de nome, defendendo maior divulgação do Estado, sem necessidade de troca. Zé Teixeira pontuou que o erro ocorreu na divisão, quando deveriam ter denominado Mato Grosso do Norte e Mato Grosso do Sul, assim como Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Mochi justificou que o projeto aprovado nesta quarta possibilitará a apropriação da grife que é o Pantanal, ressaltando que Mato Grosso do Sul tem dois terços do Pantanal. Ele lembrou que a discussão já foi realizada na Assembleia há alguns anos, mas acabou não vingando.