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Mato Grosso do Sul

MS é o 5º estado que mais desmatou Mata Atlântica

Campo Grande News

26 de Maio de 2021 - 15:19

MS é o 5º estado que mais desmatou Mata Atlântica
Área de Mata Atlântica desmatada ilegalmente foi um dos vários alvos de multa aplicada pela PMA nos últimos meses (Foto: Divulgação/PMA)

Em números absolutos, Mato Grosso do Sul foi o quinto estado brasileiro que mais desmatou áreas de Mata Atlântica no ano passado. Mesmo que o bioma não represente maior parte do Estado, composto em sua maioria pelo Cerrado, seguido do Pantanal, o território sul-mato-grossense sofreu perda de 851 hectares - o equivalente a mais de 1,1 mil campos de futebol.

Minas Gerais é o primeiro no ranking, com 4,7 mil hectares derrubados, seguido de Bahia (3,2 mil), Paraná (2,1 mil) e Santa Catarina (887). Os dados são do Atlas da Mata Atlântica, divulgados nesta quarta-feira (26). De acordo com o relatório, a perda de cobertura vegetal está "estável", mas em patamar alto para o bioma que é muito ameaçado e que tem um papel importante para a a questão climática e conservação da biodiversidade. Vale lembrar que 17 unidades federativas brasileiras têm Mata Atlântica.

O levantamento foi feito pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), se baseando em imagens de satélite para analisar o que resta da floresta original.

Desmatamento cresceu - Na comparação com o ano anterior, o índice é ainda mais preocupante. Espírito Santo (462%) e São Paulo (402%) tiveram os maiores aumentos de desflorestamento desse bioma, seguidos pelo Mato Grosso do Sul, cujo crescimento foi de 127%. Apenas Minas Gerais (-3%), Bahia (-9%), Sergipe (-16%), Paraná (-22%), Pernambuco (-52%) e Piauí (-76%) tiveram redução no desmatamento, se comparado a 2019.

A mata atlântica é o bioma que se espalha por mais estados brasileiros e, por estar localizado predominantemente em região litorânea, onde vive maior parte da população, é também o mais desmatado. Hoje, restam apenas 12,4% de sua cobertura original no País, sendo que o limite mínimo verificado para sua conservação é estimado em 30%, de acordo com artigo publicado na revista Science. Isso faz com que, ao longo das décadas, o bioma sofra uma "autodegradação" e possa vir a desaparecer por completo.