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Mato Grosso do Sul

MS registra alta de síndromes respiratórias em bebês

Casos de síndromes respiratórias agudas crescem no Centro-Oeste e Norte, com confirmação de VSR.

Midiamax

20 de Março de 2025 - 17:30

MS registra alta de síndromes respiratórias em bebês
Dados são da Semana Epidemiológica 11, que abrange o período de 9 a 15 de março. Foto: Reprodução

Divulgado nesta quinta-feira (20/3), o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz indica aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Mato Grosso do Sul (MS), assim como em outras unidades federativas do Norte e Centro-Oeste. MS está entre os estados que registram crescimento da doença, especialmente entre crianças de até dois anos. Dados laboratoriais confirmam a presença do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) nesses casos.

No total, 12 das 27 unidades federativas do país apresentaram incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com tendência de crescimento no longo prazo até a Semana Epidemiológica (SE) 11, entre 9 e 15 de março. Entre os estados com incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, Amazonas, Goiás e Tocantins mostraram tendência de estabilidade ou oscilação.

Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, o aumento de SRAG nas regiões Norte e Centro-Oeste é impulsionado principalmente pelo crescimento de casos entre crianças de até dois anos. Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins no Norte, e Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e MS no Centro-Oeste, estão entre os estados mais afetados.

Portella destaca que apenas no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul há dados laboratoriais suficientes para confirmar a relação com o VSR. MS também registra aumento entre crianças e adolescentes de dois a 14 anos, embora com sinais de desaceleração. A mesma tendência de redução foi identificada no Distrito Federal, Mato Grosso e Sergipe.

Em relação aos jovens e adultos, há indícios de crescimento da SRAG no Acre, Goiás, Mato Grosso e Pará, mas sem definição sobre o vírus causador. Entre os idosos, a incidência de SRAG é moderada em Roraima e Mato Grosso, enquanto Tocantins apresenta sinais de desaceleração.

Diante do aumento de casos, a orientação para a população das regiões afetadas é o uso de máscaras em locais fechados e unidades de saúde. Crianças com sintomas gripais devem evitar ir à escola, e é essencial manter a vacinação contra a Covid-19 em dia, especialmente para os grupos mais vulneráveis.

MS registra alta de síndromes respiratórias em bebês

Cenário nacional

Em nível nacional, os casos notificados de SRAG mostram aumento na tendência de longo prazo e estabilização no curto prazo. Em 2025, foram registrados 21.498 casos de SRAG, dos quais 7.799 (36,3%) tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório, 9.884 (46%) foram negativos, e 2.264 (10,5%) aguardam resultado laboratorial.

Entre os casos positivos deste ano, observa-se a seguinte distribuição: 5,8% de influenza A, 2,1% de influenza B, 19,6% de VSR, 27,8% de rinovírus e 39,8% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência foi de 4,8% para influenza A, 1,1% para influenza B, 30,5% para VSR, 36,5% para rinovírus e 26,5% para Sars-CoV-2.