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Mato Grosso do Sul

Quadrilha que contrabandeava agrotóxicos e cigarros é alvo da Polícia Federal

Correio do Estado

20 de Outubro de 2022 - 15:42

Quadrilha que contrabandeava agrotóxicos e cigarros é alvo da Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (20), a Operação Terra Envenenada, com objetivo de desarticular organização criminosa que atua na importação, transporte e comercialização de cigarros e agrotóxicos contrabandeados. A operação é realizada em vários estados do País e envolve mais de 200 policiais federais, para o cumprimento de 34 mandados de busca e apreensão e 24 de prisão preventiva.

Em Mato Grosso do Sul, os alvos são de Mundo Novo. Também há mandados cumpridos no Paraná, Rio Grande do Sul, Tocantins e Bahia. De acordo com a Polícia Federal, a investigação começou há sete meses e, no período, foram identificados números expressivos de carregamentos de cigarros e agrotóxicos contrabandeados pela organização criminosa.

O grupo se dividia em três camadas, sendo uma em Terra Roxa (PR), onde moradas os principais líderes e integrantes responsáveis por trazer o agrótóxico para o Brasil, pelo Rio Paraná, e armazená-los em chácaras e sítios da região.

A segunda camada era composta por intermediários, que ficavam em municípios um pouco mais afastados da fronteira. A tarefa deles era prospectar a demanda e promover o transporte e segurança das mercadorias. O último núcleo era composto por empresas agropecuárias, que compravam os agrotóxicos dos contrabandistas para revender.

O defensivo ilegal era distribuído para vários estados do Brasil, sendo identificados, principalmente, grandes carregamentos entregues a empresários na Bahia, Tocantins, Maranhão e Minas Gerais. A investigação apontou ainda que os integrantes da organização criminoso tiveram forte enriquecimento com as atividades criminosas, permitindo a compra de imóveis, automóveis e outros bens de alto valor.

Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, também foi determinado o sequestro de bens móveis e imóveis de 36 investigados e o bloqueio de contas em nome de pessoas físicas e jurídicas vinculadas, em especial dos líderes.

Os envolvidos nos crimes irão responder por contrabando, comércio e transporte de agrotóxicos em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente e participação em organização criminosa. As penas máximas para os crimes, somadas, podem ultrapassar 16 anos de prisão.