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Mato Grosso do Sul

Trecho entre a Capital e Nova Alvorada deve ser todo duplicado

Novo contrato de concessão da BR-163 com a CCR MSVia prevê mais 190 km de pista dupla.

Correio do Estado

09 de Setembro de 2023 - 10:48

Trecho entre a Capital e Nova Alvorada deve ser todo duplicado

O novo contrato de concessão da BR-163, que está em fase de aprovação por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), prevê que mais 190 quilômetros da rodovia sejam duplicados nos próximos anos. O trecho entre Campo Grande e a cidade de Nova Alvorada do Sul deve estar incluído no novo contrato.

A informação é do titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), Hélio Peluffo, que participou das reuniões entre o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), o governo federal e a concessionária.

A distância entre as cidades é de 117 km, porém, uma parte do trajeto já havia sido duplicado pela CCR MSVia nos três primeiros anos de contrato com a União, cerca de 6,7 km.

“Dentro desses 190 km devemos ter a duplicação de todo o trecho entre Nova Alvorada [do Sul] e Campo Grande, que é um trecho importante e foi uma reivindicação do governo do Estado e da bancada federal e estadual. [O novo contrato] vai ser um grande ganha-ganha”, declarou o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística ao Correio do Estado.

Nesse trecho entre a Capital e Nova Alvorada há grande circulação de caminhões e, por isso, o secretário cita que muitas pessoas tendem a buscar “rotas de fuga”, como ele classificou. 
A intenção é de que, com a pista totalmente duplicada nesse trecho, essas pessoas optem por seguir pela BR-163, em função da maior segurança da pista.

“A empresa também tem de fazer investimentos robustos, como a duplicação de pistas, para não ter essa rota de fuga e dar uma opção melhor para os motoristas”, afirmou.

NOVO ANEL VIÁRIO


O acordo, porém, não contempla a duplicação do Anel Viário, em Campo Grande, uma solicitação antiga de moradores da região após a expansão do local.

O novo Anel Viário na BR-163 entre a saída para São Paulo e a saída para Cuiabá precisa de um grande investimento e, caso fosse inserido na negociação com a CCR MSVia, o valor do pedágio poderia ser afetado, assim como outras obras que estarão previstas.

“O Anel [Viário] é um estudo maior, que precisa que a prefeitura e a bancada federal viabilizem recursos do governo federal para fazê-lo. Se ele fosse colocado no contrato, acabaria interferindo na tarifa e só daqui a três ou cinco anos é que veríamos algum investimento na rodovia. Mas essas duplicações na rodovia na entrada da cidade já atendem à demanda tranquilamente. Segundo os dados que temos de contagem de veículos, isso já seria suficiente pelos próximos anos”, afirmou Peluffo.

O pleito para a implantação do novo Anel Viário de 37,8 km, ligando as saídas para São Paulo e para Cuiabá, é dos moradores dos condomínios de luxo Alphaville e Dhama, da maioria dos vereadores da Capital e do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).

O atual traçado do Anel Viário, com aproximadamente 25 km, começa na saída para São Paulo, contorna as Moreninhas, o Jardim Itamaracá, o Parque dos Poderes e condomínios fechados e termina em uma rotatória perto do Jardim Colúmbia.

CONTRATO

Atualmente, a BR-163 tem 150 km com pistas duplicadas, dos 845 km totais de concessão, que vão da divisa de Rondonópolis (MT) com Sonora até a fronteira de Mundo Novo com Guaíra (PR).
Com os 190 km de duplicação prometidos pelo novo contrato, a rodovia passará a ter 40,2% de sua extensão com quatro pistas, duas em cada direção. O valor é maior que a proposta inicial feita pelo governo federal e divulgada pela Seilog, que previa 68 km de novas pistas.
Além disso, o contrato ainda prevê 170 km de terceiras faixas, 8 km de marginais e 9 km de contornos.
O contrato inicial, assinado em 2014 entre a CCR MSVia e o governo federal, no entanto, previa a duplicação de 100% da rodovia.

SAIBA

O novo contrato que deverá ser pactuado entre a CCR MSVia e o governo federal para a gestão da BR-163 prevê investimento de R$ 12 bilhões ao longo dos próximos 35 anos.