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Policial

Após estupro, família de menino quer mudar de endereço

De acordo com a dona de casa, a família mudou para o bairro onde fica a escola municipal onde teria ocorrido os abusos em junho do ano passado

Campo Grande News

07 de Fevereiro de 2011 - 14:00

A família do menino de 11 anos que afirma ter sido estuprado pelo professor quer agora mudar de endereço. Segundo a mãe do garoto, uma dona de casa de 42 anos, a intenção de sair do bairro é porque o filho, diante da situação, não se sente mais bem no local.

“Vou ter que mudar daqui”, diz a mulher, explicando aos prantos que o filho sente medo e não consegue dormir bem. “Está muito difícil. Não está fácil não”, declara.

De acordo com a dona de casa, a família mudou para o bairro onde fica a escola municipal onde teria ocorrido os abusos em junho do ano passado. O menino passou a frequentar o colégio no mês seguinte e desde então apresentou mudanças no comportamento.

Segundo a mãe, o garoto passou a não dormir direito e constantemente ligava para que ela o fosse buscar no colégio. “Ele vomitava, sentia falta de ar, passava mal”. Além disso, tentou se matar várias vezes. “Uma vez ele tentou se enforcar com o cinto de segurança e também se jogar do carro em movimento”.

Para ela, a “repulsa” em ficar na escola era porque simplesmente ele não havia gostado do novo ambiente escolar. “Achei que ele estivesse estranhando a escola e então em novembro voltei ele para onde ele já estudava”.

“Para mim, ele [o professor] fez isso com meu filho porque ele era aluno novo e queto. Ele premeditou tudo”, desabafa a mãe, bastante abalada.

Mesmo assim, conta a mãe, o menino continuava com comportamento anormal para um garoto da idade dele e até que em janeiro, após muitas suspeitas ele revelou o que havia acontecido. “Ele falou que iria contar. Fomos para o quarto e então ele disse: o professor me batia, me xingava, colocava a pistola na minha cabeça e me obrigava a fazer sexo oral”.

Conforme a dona de casa, a criança revelou que esta situação aconteceu por pelo menos 16 vezes sempre após as aulas. Para praticar o abuso, o professor trancava a porta e colocava a chave no bolso

“O sentimento é de muito ódio, muita raiva. O meu filho é criado com todo amor do mundo”, desabafa a mãe.

Polícia- Após os relatos do menino, a família procurou a Polícia e o professor foi então preso. Ele nega os abusos, mas, de acordo com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, há provas contra o homem.

São laudos e relatos de testemunhas. O professor foi indiciado por estupro de vulnerável.