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Policial

Indígenas acusados de liderar invasões em propriedades rurais são presos

Os mandados de prisões foram cumpridos por policiais civis e federais em Dourados. Outros dois indígenas estão sendo procurados.

Correio do Estado

09 de Agosto de 2024 - 16:16

Indígenas acusados de liderar invasões em propriedades rurais são presos
Os indígenas foram presos na manhça de hoje. Foto: Leandro Holsbach/Ligado Na Notícia

Na manhã desta sexta-feira (9), Adilson Benites, Ivan Oliveira Mariano e Silvia Benites foram presos pela Polícia Civil. Eles são acusados de liderar invasões em sítios e empresas na cidade de Dourados, localizada a 220 quilômetros de Campo Grande. Outros dois indígenas continuam sendo procurados pela polícia. As áreas ocupadas estão situadas nas proximidades da Aldeia Bororó e Jaguapiru.

Os mandados de prisão, expedidos pela Justiça Federal, foram cumpridos pela Polícia Civil e pela Polícia Federal.

Detalhes da investigação não foram divulgados. Segundo a polícia, os acusados presos hoje enfrentam diversos processos por danos, ameaças e porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com a polícia, as invasões ocorrem em áreas próximas ao perímetro urbano das aldeias Bororó e Jaguapiru, além da Avenida Guaicurus, que conecta a região central à Cidade Universitária.

Durante as invasões, os indígenas reivindicam a demarcação dessas áreas como parte das reservas, alegando que as terras foram apropriadas por fazendeiros e sitiantes.  Segundo os estudos realizados na época, não há nenhum levantamento que identifique essas áreas como parte da reserva federal.

Sobre as invasões 

As invasões de terra ocorreram entre 26 e 27 de junho, realizadas pelos indígenas da comunidade Tekoha Yvu Vera. Segundo a polícia, os indígenas estavam armados com pedaços de pau e foices.

Funcionários de uma empresa invadida na época relataram que os indígenas estavam armados com uma pistola e ameaçaram os trabalhadores, que foram expulsos do local.

Segundo informações dos trabalhadores, pedreiros foram contratados, mas também foram expulsos do local.

De acordo com os detalhes, os funcionários da empresa invadida relataram que os invasores apresentaram uma intimação na tentativa de justificar a invasão. No documento, os invasores afirmavam que se sentiam 'empurrados pelas empresas e chácaras', mas que não iriam sair de seu tekoha.