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Política

Beto do MST deixa chapa de vereadores de Enelvo e vai apoiar Acelino

Beto do MST tomou esta decisão ao constatar que o alinhamento do PT com o PSDB enfrenta forte resistência entre os assentados.

Marcos Tomé/Região News

01 de Agosto de 2012 - 00:14

A chapa de vereadores do PT que apóia a candidatura do ex-prefeito Enelvo Felini sofreu mais um desfalque, o sétimo desde o início da campanha: Jonas Carlos da Conceição, o Beto do MST, que é assentado do Eldorado, desistiu de se candidatar a uma vaga na Câmara e anunciou o seu engajamento na campanha do candidato do PMDB a prefeito, Acelino Cristaldo, que tem como vice o petista Jean Nazareth.

Beto, que é coordenador  em Sidrolândia do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, chegou a fazer reuniões de apoio ao ex-prefeito. Numa delas mobilizou dezenas de pessoas. Acabou revendo esta posição e adiar seu projeto eleitoral.

Beto do MST tomou a decisão ao constatar que o alinhamento do PT com o PSDB enfrenta forte resistência entre os assentados. Quando foi prefeito, Enelvo  encaminhou documento à superintendência Regional do Incra, na qual se manifesta contra a implantação de novos assentamentos na cidade.

Além das razões ideológicas, Beto preferiu desistir da candidatura, por uma questão programática: provavelmente a chapa de candidatos a vereador que apóia a aliança com o PSDB, não deve obter o registro da Justiça Eleitoral e acabará sendo impugnada. A direção nacional do partido vetou a coligação com os tucanos, determinando a validade da convenção em que foi homologada a chapa com o PMDB.

“O PT está dividido por interesses e projetos pessoais das suas principais lideranças no Estado, o senador Delcidio do Amaral e o ex-governador Zeca do PT”, comenta Jonas. Diante deste quadro, não acredita na possibilidade do partido eleger um vereador na disputa por uma das 13 vagas na Câmara.

“Sou partidário e vou subir no palanque que o PT estiver, neste caso, creio que já está tudo resolvido, o partido deve mesmo ficar com o PMDB”, comenta. Beto está convencido de que, mesmo diante de uma possibilidade real de disputar a eleição, o PT de Sidrolândia não faria vereador na chapa coligada com o PSDB por razões óbvias de isolamento.

“Infelizmente os interesses pessoais de alguns pôs fim a um projeto de governabilidade do PT. Sinto-me obrigado a recuar, pois não vejo cenário de disputa por vaga”, finaliza.