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Política

Cúpula do PMDB preocupa-se com demora em definição do candidato

O nome apresentado terá de construir uma ampla coligação partidária e chegar em julho, quando efetivamente a campanha começa, com pelo menos 30%

Marcos Tomé/Flávio Paes

19 de Março de 2012 - 07:54

A demora do PMDB de Sidrolândia para definir o candidato do partido a prefeito é motivo de preocupação para a cúpula regional do partido que começa a colocar em dúvida a viabilidade do partido encabeçar uma chapa competitiva para disputar e ganhar a eleição de outubro.

“O prefeito Daltro Fiúza demorou muito para construir um nome que nessa altura terá no máximo 90 dias para se tornar conhecido até a homologação das candidaturas e coligações em junho”, comenta um assessor do governador André Puccinelli, seu interlocutor quase diário que reflete o ceticismo com que a direção pemedebista avalia o quadro político na cidade.

Esta avaliação pessimista coincide com o ponto de vista externado recentemente pelo senador Waldemir Moka, ao receber em Brasília o vereador Carlos Tadeu, que  colocou seu nome à disposição do PMDB para disputar a prefeitura. Para mudar esta percepção de favoritismo do candidato do PSDB, o postulante  peemedebista, a ser definido nas próximas duas semanas, terá de se lançar numa corrida contra o tempo perdido.

O nome apresentado terá de construir uma ampla coligação partidária e chegar em julho, quando efetivamente a campanha começa, com pelo menos 30% das intenções de voto para então, com a capacidade de transferência de votos do prefeito Daltro Fiuza, ter condições de disputar voto a voto a eleição de outubro.

O desdobramento natural caso o candidato pemedebista não decole é o governador André Puccinelli se manter  distante do processo eleitoral em Sidrolândia, onde na sua reeleição em 2010  sofreu uma pesada derrotada para o seu adversário, o ex-governador Zeca do PT.  Eleição em que o ex-prefeito Enelvo Felini saiu à ruas para fazer campanha para André, enquanto PT e PDT, na época controlando cinco Secretarias Municipais, fizeram campanha para Zeca.

Dificilmente, o pré-candidato tucano, contemplado com um cargo de aproximadamente R$ 10 mil mensais na Casa Civil, receberia tratamento de adversário. Hoje o PMDB, a menos que haja alguma reviravolta, tem como alternativas para disputar à prefeitura a vereadora licenciada Roberta Stefanello e o empresário Acelino Cristaldo, além do também empresário, Moacyr de Almeida.

Fora do partido, Roberta conta com a simpatia do deputado Paulo Correa, vice-presidente regional do PR. Contra suas pretensões se lançam argumentos como fato de não ter experiência administrativa, não demonstrar muito traquejo para construir alianças e dificuldades para viabilizar a estrutura de campanha.  Em seu favor, o desempenho nas pesquisas.

Já o empresário Acelino Cristaldo, que tem o apoio declarado da ex-presidente da Câmara, Rosangela Rodrigues, é vista como um nome sem rejeição, capaz de estruturar sua campanha, mas terá de enfrentar o desafio de em poucos meses tornar-se conhecido da população. O mesmo ocorre com Moacyr de Almeida que aparentemente tem o apoio do médico e vereador, Dr. Jurandir Cândido.