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Política

Definido candidato, desafio de Daltro será pacificar aliados e construir aliança

Além de convencer os aliados de que a chapa encabeçada pelo seu candidato será competitiva, a missão de Daltro será dificultada pelo racha interno do PT

Marcos Tomé/Flávio Paes

02 de Abril de 2012 - 14:41

Vencido o primeiro obstáculo, a escolha de Acelino Cristaldo como candidato do PMB, o prefeito Daltro Fiúza terá de colocar a prova sua propalada habilidade política e garantir musculatura partidária ao candidato, um estreante na disputa eleitoral que terá como adversário Enelvo Felini, que já administrou a cidade por oito anos.  Favorece a tarefa de Daltro, a dificuldade do pré-candidato tucano de dialogar com as forças políticas da cidade, avessas ao seu estilo centralizador que sufoca a possibilidade dos partidos da sua base de sustentação ter alguma influência na administração municipal.

Além de convencer os aliados de que a chapa encabeçada pelo seu candidato será competitiva, a missão de Daltro enfrentará dificuldades como o racha interno do PT, partido onde se imagina estar o vice ideal para agregar densidade eleitoral à chapa majoritária pemedebista. Este diagnóstico leva em conta os resultados da eleição de 2010 na cidade, quando os candidatos petistas venceram a disputa para Presidência, Governo do Estado e Senado. Desempenho atribuído em boa medida ao fato da cidade abrigar 5 mil famílias assentadas, segmento social onde a estrela petista é majoritária.

O PT tem hoje tem dois pré-candidatos: o secretário Marcio Marqueti e o presidente da Câmara, Jean Nazareth, representantes de segmentos aparentemente inconciliáveis. Mais do que atriar o PTpara o palanque do PMDB, o desafio será costurar consenso em torno de um nome, para ser o candidato à vice.

No PSB, outro partido da órbita política do prefeito, Daltro terá de acalmar o vice-prefeito Ilson Fernandes, que até a confirmação extraoficial de Acelino Cristaldo mantinha-se como pré-candidato a prefeito. Provavelmente Ilsinho tentará voltará a Câmara Municipal, disputando uma vaga de vereador.

O PDT, mesmo enfraquecido pela migração de Ilsinho (hoje no comando do PSB)  e de outras lideranças que foram para o PSDB, tem dois vereadores e o advogado Gerson Claro, candidato a deputado estadual mais votado na cidade. Gerson até bem pouco tempo não parecia convencido do potencial eleitoral do candidato “ungido” por Daltro, mas tende se manter na base do prefeito.

O Democratas, por orientação do presidente regional, deputado Zé Teixeira, deve apoiar o candidato do PSDB. O PP hoje é uma sigla sob controle do deputado Alcides Bernal. Enquanto o ex-deputado Antônio Cruz se manteve no comando da Executiva Estadual, o prefeito controlava a legenda na cidade, por meio de secretários e aliados.

Bernal lançou como pré-candidata a empresária Maria Gilca, mas admite: vai atrelar o partido ao projeto que garanta a eleição de um vereador, o radialista, Cleidinaldo Marcelino, que ao lado do advogado Kennedi Forgiarini, comanda o Diretório local. Ambos são funcionários de Bernal nomeados em seu gabinete na Assembleia.

O PR vai estar no comando do PMDB. O partido provavelmente terá uma das chapa de candidatos a vereador mais competitiva.