Política
Deputado Jamilson Name é alvo da Omertà
Campo Grande News
02 de Dezembro de 2020 - 09:01
Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) voltaram às ruas de Campo Grande nesta quarta-feira (2) numa nova fase da Operação Omertà. Desta vez, o deputado estadual Jamilson Name (sem partido), filho de Jamil Name, que está preso desde outubro do ano passado na Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e é apontado como o líder de milícia armada responsável por execuções em Campo Grande, está entre os alvos.
Equipes fazem buscas nesta manhã na casa do parlamentar, que fica no Bairro Itanhangá, em Campo Grande. Os trabalhos são acompanhados pelos advogados Tiago Bunning e Renê Siufi.
Este último afirma que não teve acesso ao mandado e por isso, não sabe o motivo de Jamilson ser alvo. Siufi, que representa Jamil Name em processos derivados da Omertà, afirma que foi ao local apenas como amigo da família. "Não tem cópia da decisão para saber o que é. Depois, vamos solicitar para ver o que consta e qual origem, quem representou. Sem conhecer o teor o mandado, é difícil dar qualquer informação".
Ele revelou ainda que além do parlamentar, a mulher e os filhos de Jamilson estão na casa.
O site apurou que também há buscas em escritório que pertence ao deputado estadual. Para esta etapa, há ainda mandados de prisão, mas ainda não foi divulgado quem são os alvos.
Duas últimas fases – A quinta etapa, batizada Operação Snow Ball e realizada em outubro deste ano, teve o vereador Ademir Santana (PSDB) como um dos alvos. O parlamentar, Jamil Name, Jamil Name Filho e mais três foram denunciados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) por extorsão contra o empresário José Carlos de Oliveira. Na ação, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pede indenização de R$ 6,3 milhões.
Já a quarta fase da Omertà foi realizada no dia 23 de setembro e teve como alvos as banquinhas do jogo do bicho espalhadas pela Capital. Pelo menos 60 delas foram fechadas no primeiro dia, mas a força-tarefa continuou nas ruas durante a semana para lacrar mais pontos de apostas.