Política
Dourados irá para as urnas com sentimento de revolta e abandono
Este é o retrato de Dourados na opinião da população, que vai às urnas no próximo dia 6
Campo Grande News
27 de Janeiro de 2011 - 15:35
Ruas esburacadas, falta de remédios nos postos de saúde e de merenda nas escolas, histórico de corrupção na Prefeitura e na Câmara. Este é o retrato de Dourados na opinião da população, que vai às urnas no próximo dia 6.
O sentimento é de revolta por tudo o que aconteceu e de esperança para que o futuro prefeito coloque a cidade em ordem, afirma o taxista Rosivaldo Macedo da Silva, de 38 anos.
Para ele, o maior problema de Dourados, que merece uma atenção especial do futuro prefeito, é o asfalto. Tem muito buraco. Eu vejo isso como taxista e muitas pessoas têm esse mesmo ponto de vista, afirmou Rosivaldo, que há 10 anos trabalha atrás de um volante.
A expectativa do recepcionista Armando Macena Ramos, de 36 anos, também é de que o futuro prefeito resolva os problemas mais urgentes da cidade.
Para ele, o maior problema é a falta de remédios nos postos de saúde. Já o segundo maior problema é na área de educação. Não estava tendo merenda no final de ano, disse.
Armando também reclama do asfalto esburacado. Ele [o futuro prefeito] terá dois anos para servir a população. A população está pensando positivo sobre a eleição. Queremos ver serviço porque a cidade está bem parada, afirmou.
Para a empresária Cleide da Silva Vieira Ribeiro, de 44 anos, as duas maiores necessidades são asfalto e saúde.
A cidade precisa de tapa-buraco. Ela está abandonada. A saúde também está precária. Eu não frequento posto de saúde pública, mas sei que não tem remédio e tem problema de médicos, afirmou a proprietária de uma loja de roupas.
Cleide também revelou outra preocupação. Queremos alguém capacitado. Nossa prefeita está aí pouco tempo e não temos como ficar com a cidade abandonada, afirmou.
Quatro candidatos disputam a prefeitura da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul: Murilo Zauith (DEM), Geraldo Salles (PSDC), Genival Antônio Valeretto e José Araújo (PSOL).
A eleição extemporânea foi marcada após o prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi (expulso do PDT), e o vice, Carlinhos Cantor (PR), renunciarem aos seus mandatos no final do ano passado.
Eles foram presos pela Polícia Federal com secretários, vereadores e empresários: todos acusados de envolvimento no esquema de fraude em licitação e pagamento de propina a vereadores.