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Política

Grupo quer trocar Dagoberto por Felipe Orro na direção do PDT regional

Correio do Estado

10 de Dezembro de 2011 - 12:12

Na próxima semana, a direção nacional do PDT promete decidir o futuro do presidente regional, Dagoberto Nogueira, acusado por um grupo de pedetistas sul-mato-grossenses de corrupção. Um dossiê foi entregue ao secretário nacional, Manoel Dias, e a representante da bancada federal do partido. Os rebeldes se queixam de falta de democracia na legenda e pedem a substituição de Dagoberto na direção do PDT no Estado pelo deputado estadual Felipe Orro (PDT).

A empreitada está sob o comando de Paulo Dolzan (PDT), que tentou disputar com o vereador Paulo Pedra (PDT) a chefia do diretório de Campo Grande, mas viu sua chapa ser impugnada pelos adversários, que tem 10 dos 12 assentos na executiva municipal. Em resposta, ele foi à Justiça pedir o cancelamento das eleições por irregularidades no edital.

Até ontem, o caso ainda estava sob judice. Mesmo assim, Pedra marcou a escolha dos novos dirigentes para o dia 17 — 24 horas depois de vencer a validade de atuação da comissão provisória.

Segundo Dolzan, tanto no diretório municipal quanto estadual, tudo é decidido "goela a baixo". "Como eles nominaram as comissões provisórias têm ampla maioria nas executivas e decidem tudo do jeito deles", disse. "Os outros não tem voz", emendou.

Para ele, a cúpula nacional precisa acabar com essa disparidade. "Queremos metade do diretório estadual e do municipal", avisou. Dolzan defende ainda a saída de Dagoberto e de Pedra, respectivamente do comando, da direção no Estado e na Capital. "O Orro, como único pedetista com mandato estadual, pode presidir o partido em Mato Grosso do Sul e o ex-deputado estadual Antônio Braga, uma pessoa neutra, atuaria na direção municipal", sugeriu.

Além da falta de democracia nas duas gestões, Dolzan e seu grupo não aceitam ser liderados por "alguém (Dagoberto) que enfrenta processo por corrupção". No caso de Pedra, o problema seria correr em busca da reeleição na Câmara Municipal e ao mesmo tempo dirigir o PDT em Campo Grande. 

Promessa

Em resposta as acusações contra Dagoberto, a direção nacional prometeu providências ainda na próxima semana. "O Manoel Dias se comprometeu a chamar o Dagoberto para conversar na semana que vem", contou Dolzan. "E eu vou esperar", prosseguiu. Ele avaliou ainda como ideal realizar as eleições municipais e estaduais dos diretórios somente depois de fevereiro de 2012.

No caso de a cúpula nacional não tomar medidas, Dolzan prometeu ato, com mais de mil pessoas, "em desaforo a maneira arbitrária como o partido está sendo conduzido em Mato Grosso do Sul". Com informações do Correio do Estado.