Rede privada concentra 71% dos leitos em MS, aponta IBGE

Um raio-x em números dos serviços de saúde no País, divulgado hoje pelo IBGE, indica que em Mato Grosso do Sul, o setor está principalmente nas mãos da iniciativa privada, ainda que o SUS (Sistema Único de Saúde), seja um dos principais financiadores. Uma prova clara disso é que dos 5.710 leitos existentes no Estado, em 2009, 4.111, ou 71% eram de hospitais privados, conforme a pesquisa.

De acordo os dados, do total de leitos existentes no Estado, 4.134, o equivalente a 72%, estavam a disposição do SUS. Desses, só 36% eram de estabelecimentos públicos e os 64% restantes de unidades particulares.

O número de internações, conforme a pesquisa do IBGE, também atesta o domínio da rede privada na saúde no oferecimento do atendimento. Em 2008, ano considerado para esse item da pesquisa, foram 250,6 mil internações no Estado, das quais 188 mil, 75%, foram em leitos privados. Dessas, 72%, ou 136 mil, foram bancadas pelo Sistema Único de Saúde.

Conforme o IBGE levantou, o número de estabelecimentos de saúde em Mato Grosso do Sul, que era de 251 em 1976, aumentou para 1458 em 2009. Desse universo, 947 estabelecimentos, o equivalente a 64%, tinham no SUS o principal financiador.

O estudo do IBGE revela que em todo o País, entre 1999 e 2009, houve perda de 50 mil leitos nos hospitais, passando de 484 mil para 431 mil. Não há esse dado comparativo nos dados regionais.

Pessoal - A pesquisa também levantou como estava a oferta de recursos humanos para a saúde. De acordo com os dados, número de postos de trabalho de nível superior cresceu 26,9% entre 2005 e 2009, de 870,4 mil para 1,1 milhão no País.

Em Mato Grosso do Sul, segundo os dados, em 2009 havia 13,2 mil vagas para profissionais de nível superior nos estabelecimentos de saúde. Desse universo de profissionais, 6.933 eram médicos, 1.711 odontólogos e 1511 enfermeiros.