Política
Senadores e prefeitos calculam prejuízos causados pela chuva em MS
Alguns dos municípios afetados já estimaram o valor do prejuízo causado pelas chuvas
Capital News
15 de Março de 2011 - 07:37
A Bancada federal de Mato Grosso do Sul, se reuniu na tarde desta segunda-feira (14), na Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), com os prefeitos das cidades mais afetadas pelas chuvas para discutir os números dos prejuízos.
As cidades afetadas pelas chuvas são: Coxim, Miranda, Rio Verde, Santa Rita do Pardo, Bandeirantes, Dourados, Chapadão do Sul, Maracaju, Sidrolândia, Rio Brilhante, Campo Grande, Aquidauana, Anastácio, São Gabriel do Oeste, Paranaíba, Dois Irmãos do Buriti e Ribas do Rio Pardo.
O senador Waldemir Moka (PMDB) diz que a prioridade dos senadores é tentar minimizar o prejuízo no Estado. "Nosso objetivo é viabilizar mais verba para as obras de recuperação aos estragos feitos pela chuva", destaca o parlamentar.
Alguns dos municípios afetados já estimaram o valor do prejuízo causado pelas chuvas. Campo Grande estima que precisará de 45,8 milhões para recuperar os prejuízos. Aquidauana R$ 24 milhões, Coxim 1,8 milhão.
A vice-governadora do Estado, Simone Tebet (PMDB) diz que, diante da situação, fica provado mais uma vez que o Estado não pode depender exclusivamente do agronegócio. "Essas catástrofes, assim como ocorre no Japão, acabam com a matéria prima, deixando a economia com mãos atados. Hoje há muita diversidade no agronegócio. O Estado não pode depender apenas do setor primário. Até porque o setor secundário e terciário gera mais emprego e receita para o MS", destaca a vice-governadora.
Simone falou ainda sobre cortes de verbas. "O Estado tem que investir em agronegócio mas precisa explorar mais as outras atividades. Agora é o momento de vacas magras, vamos ter que cortar verbas, caso não venha mais do que os R$ 5 milhões", diz a vice ao ressaltar que os cortes não ocorrerão nos setores da educação, saúde, alimentação e moradia.
Simone fala da preocupação em não receber mais ajuda do governo federal. "Quando a esmola é demais o santo desconfia. Minha preocupação é que não venha mais verba, além dos R$ 5 milhões. Se isso acontecer vai ser tempo de vacas magras", compara.
O coordenador Estadual da Defesa Civil de MS, coronel Ociel Ortiz, fala que o número de pessoas afetadas com a chuva chega a 100 mil pessoas. "Num primeiro momento o bombeiro já disponibilizou água e alimento para as cidades mais afetadas: Aquidauana, Coxim, Anastácio e Dois Irmãos do Buriti. Como tem outros municípios decretando estado de calamidades, o número de pessoas afetadas no Estado pode chegar a 100 mil. O número de municípios que podem declarar estado de calamidade pode chegar a 20", informa Ociel ao declarar que a "fase é de elaborar táticas para reconstruir os municípios afetados".
O prefeito de Rio Verde, Wilian Douglas de Souza Brito, fala do prejuízo no setor turístico da cidade. "A chuva prejudicou o turismo, a cidade perdeu muita movimentação financeira no carnaval porque as pessoas não conseguiam chegar até a cidade. Estamos montando um plano de recuperação para as estradas que dão acesso a essas pousadas. Quatorze pontes caíram com as chuvas, prevemos que o prejuízo tenha sido de R$ 3 milhões", ressalta o prefeito.