Política
Vereadores finalizam relatórios que podem resultar em cassação em Dourados
O problema é que na próxima semana é feriado prolongado de Carnaval, adiando ainda mais o julgamento dos en-volvidos
Conjuntura Online
28 de Fevereiro de 2011 - 08:09
A semana será decisiva para os sete vereadores de Dourados, afastados por suposto envolvimento em esquema de corrupção, chefiado pelo ex-prefeito Ari Artuzi. Dos nove parlamentares presos pela Operação Uragano, dois já renunciaram o mandato.
Sidlei Alves (DEM) puxou a fila ainda no ano passado. Sexta-feira foi a vez de Zezinho da Farmácia (PSDB). Ele protocolou pedido de renúncia 30 minutos antes de começar o julgamento. O suplente Walter Hora (PPS) assumiu definitivamente a vaga de Zezinho.
Os relatórios que podem pedir ou não a cassação de Marcelo Barros e Paulo Henrique Bambu, do DEM; Humberto Teixeira Junior e Aurélio Bonatto, do PDT; José Carlos Cimatti, do PSB, Julio Artuzi, do PRB e Marcelo Hall, o Marcelão, do PR, estão praticamente prontos e o julgamento de qualquer um destes pode ocorrer nos próximos dias.
No entanto, a presidente da Câmara, Délia Razuk (PMDB), disse que os vereadores relatores das Comissões Processantes ainda não entregaram os relatórios. Ela acredita que não haja tempo suficiente de ler todos os documentos e fazer o julgamento dos acusados nesta semana. Provavelmente voltem a ocorrer na semana que vem, avalia. O problema é que na próxima semana é feriado prolongado de Carnaval, adiando ainda mais o julgamento dos en-volvidos.
O democrata Idenor Machado, presidente da Comissão que analisa o caso de Zezinho da Farmácia e relator da Comissão Processante de Marcelo Hall, diz que os relatórios dos sete acusados deverão ser entregues esta semana e que haverá possibilidade de novos julgamentos. Pode ser feito o julgamento de dois vereadores num mesmo dia, sendo um no período da manhã e outro a tarde, diz Idenor Machado. Ele argumenta que todos os relatórios estão bem fun-damentados para pedir a cassação dos envolvidos.
Com a renúncia de Zezinho, os vereadores esperam que os demais parlamentares alvos das Comissões Pro-cessantes sigam o mesmo caminho. Acontecendo isso, os suplentes assumem as vagas automaticamente.
MANOBRA
Como forma de adiar os julgamentos que poderão ocorrer a partir desta semana, os vereadores envolvidos deverão utilizar de diferentes tipos de manobras. A Justiça já recebeu recursos protocolados pelos advogados dos envolvidos para anular os efeitos da comissão e para manter o mandato dos envolvidos. A maioria sem sucesso. As informações são do jornal O Progresso.