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Saúde

Brasil tem 8 casos da variante indiana: o que se sabe até agora

Não há comprovação de que a cepa tem maior taxa de transmissibilidade ou mortalidade.

G1

28 de Maio de 2021 - 14:41

Brasil tem 8 casos da variante indiana: o que se sabe até agora
Cientistas britânicos dizem que a nova cepa detectada na Índia pode ser 50% mais transmissível que a variante britânica, que domina os casos de infecção no Reino Unido. — Foto: Getty Images

Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados com casos confirmados da nova cepa da Covid, a variante B.1.617 até esta sexta-feira (28). São 8 pacientes.

Veja abaixo respostas para as seguintes perguntas sobre a chegada da cepa ao país:

  1. Quantos casos da cepa indiana foram confirmados até agora?
  2. Como as pessoas pegaram a cepa?
  3. Qual controle é feito pelos governos?
  4. O que diz a OMS sobre a cepa indiana?
  5. Quais os riscos dessa nova variante?

1. Quantos casos da cepa indiana foram confirmados até agora no Brasil?

São 8, até o momento: 6 deles no Maranhão (cinco estão em quarentena dentro do navio e um deles está internado em São Luís), um no Rio de Janeiro (de um passageiro vindo da Índia e que desembarcou em São Paulo) e um em Juiz de Fora (também viajou ao país asiático e chegou ao Brasil via Guarulhos-SP).

Apenas uma pessoa, um homem de 54 anos, está internado em hospital de São Luís. Os demais contaminados apresentam quadro de saúde estável, sem necessidade de internação, apenas estão isolados e com acompanhamento das Secretarias de Saúde para evitar a proliferação da cepa.

2. Como os infectados chegaram ao Brasil?

No Maranhão, todos os 6 infectados são trabalhadores indianos que estavam a bordo de um navio vindo de Hong-Kong – a embarcação segue em alto mar, sem atracar em São Luís. Já os casos de Rio e Juiz de Fora estiveram na Índia a trabalho e testaram positivo ao retornar ao Brasil de avião que, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Antes da confirmação de que estavam com a variante indiana, os dois passageiros que desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos foram para outros locais no país: um para Campos dos Goytacazes (RJ), pegando um voo para o Rio e um carro para a cidade da região norte do estado, e o outro para Juiz de Fora (MG), também por via terrestre.

3. Qual controle é feito pelos governos?

A chegada de viajantes no país via aérea, uma das formas de entrada do vírus, é controlada pela Anvisa. Há barreiras sanitárias onde a agência testa parte das pessoas nesses voos. No dia em que confirmou um indiano contaminado em voo vindo da Ásia, a Anvisa testou 13 passageiros e alertou os estados para os quais eles foram sobre a contaminação. Depois soube-se que um desses passageiros era o homem que viajou ao Rio e se destinou a Campos.

Navio Shandong da Zhi saiu da Malásia com destino a São Luís — Foto: Arte/G1
Navio Shandong da Zhi saiu da Malásia com destino a São Luís — Foto: Arte/G1

Conforme explica a própria agência, ligada ao governo federal, o controle de sua responsabilidade é feito apenas dentro dos aeroportos. A partir do momento em que os viajantes deixam esta área, a ação passa a ser dos governos estaduais. Em São Paulo, por exemplo, o controle passou a ser feito também e rodoviárias para evitar contaminação se pessoas infectadas vierem de outros estados, como Maranhão.

4. O que diz a OMS sobre a cepa indiana?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a variante B.1.617 está sendo classificada como um tipo "digno de preocupação global".

5. Quais os riscos dessa nova variante?

A análise genética revelou que essa variação apresenta mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por se conectar aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

Em linhas gerais, tudo indica que esses "aprimoramentos" genéticos melhoram a capacidade de transmissão do vírus e permitem que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade.