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Saúde

MS registra primeiro caso suspeito de 'Fungo Negro'

A suspeita é em um homem, de 71 anos, que está internado com Covid, em Campo Grande.

Correio do Estado

02 de Junho de 2021 - 07:48

MS registra primeiro caso suspeito de 'Fungo Negro'
Caso suspeito está em Campo Grande desde o dia 28 de maio - Foto: BBC

Mato Grosso do Sul registrou o primeiro caso suspeito do Fungo Negro, também conhecido como Mucormicose. O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) foi notificado nesta segunda-feira (31) sobre a situação. A suspeita é de que a doença esteja em um homem, de 71 anos. A investigação começou no dia 28 de maio, com a doença atingindo o seu olho esquerdo.

O paciente está internado com Covid-19, em Campo Grande. Ele tem Diabetes, Hipertensão e histórico de Síndrome Respiratória Aguda Grave. O paciente foi imunizado contra a Covid no dia 23 de março e 23 de abril.

A doença é considerada mais oportuna para quem contraiu o novo Coronavírus. Para o secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, a suspeita acende um alerta para o Estado e o caso será acompanhado nos próximos dias.

Doença

As pessoas contraem mucormicose respirando os esporos fúngicos que ficam no ar. Essas formas de mucormicose ocorrem, geralmente, em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças.

Sintomas

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, os sintomas se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica. Existe a possibilidade de ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito.

Tratamento

Para tratar quanto a doença, é necessário remover os tecidos mortos e infectados, por meio de cirurgia. Em alguns pacientes, a doença pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho.

A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa e requer equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas e cirurgiões.