Saúde
Ômicron pode ser menos grave, mas não é leve, diz chefe da OMS
Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.
G1
06 de Janeiro de 2022 - 13:31
A variante ômicron do coronavírus, que é mais infecciosa, parece provocar formas menos graves da doença do que a delta, mas não deve ser classificada como "leve", disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (6). Durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.
Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.
Falando na mesma coletiva em Genebra, o conselheiro da OMS, Bruce Aylward, disse que 36 nações nem mesmo alcançaram 10% de cobertura de vacinação. Entre os pacientes graves em todo o mundo, 80% não foram vacinados, acrescentou.
Aumento nas infecções
A OMS afirmou, também nesta quinta-feira, que o número de novos casos de Covid-19 atingiu um pico na última semana, com um aumento de 71% em relação à anterior. Segundo a organização, já vinha sendo observado um aumento gradual nas infecções desde outubro, mas que o registrado na semana de 27 de dezembro a 2 de janeiro foi sem precedentes.
Apesar do aumento nos casos, o número de novas mortes diminuiu 10%, segundo o boletim da OMS.