Sidrolândia
Após 2 anos, empreiteira só fez 8 km e asfalto para Capão Seco só deve terminar em 2019
O trecho contratado, entre a BR-060 e o Capão Seco, tem 27,8 quilômetros, mas a extensão total da rodovia é de 49 quilômetros.
Flávio Paes/Região News
19 de Junho de 2018 - 17:02
Iniciada exatamente há dois anos, em junho de 2016, a pavimentação da MS-258 só deve ser concluída em 2019, já que até agora foram executados 8 quilômetros e estão em andamento quatro quilômetros de terraplanagem.
Mesmo após a empreiteira JN Engenharia e Terraplanagem ter sido notificada três vezes, multada em R$ 500 mil e sob ameaça de perder a obra com rescisão do contrato, não conseguiu cumprir o último prazo firmado com a Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul) que era entrega a rodovia pavimentada em julho.
O trecho contratado, entre a BR-060 e o Capão Seco, tem 27,8 quilômetros, mas a extensão total da rodovia é de 49 quilômetros. Os demais 21,2 quilômetros, que seguem até a divisa com Anhanduí, ainda não foram licitados. Iniciada em junho de 2016, após 22 meses de execução, a empresa fez apenas oito quilômetros de asfalto.
O engenheiro da Agesul responsável pela fiscalização da obra, Raimundo Ferreira, que é responsável pelo acompanhamento dos serviços, responsabiliza a empresa pelo atraso.
Ele disse que a entrega reprogramada é pra junho de 2018, dois anos "Eu não meço um centímetro a mais ou a menos. Faço todo o acompanhamento corretamente, cobro da empresa, mas eles não dão o andamento que precisa. Já foram advertidos e aplicamos multa de R$ 500 mil, mas nada resolveu para a obra prosseguir, apenas fizeram um novo cronograma que não deve ser cumprido".
Pouco avanço
Há um ano, quando tinham sido feitos 7 quilômetros de terraplanagem e 1,8 km de asfalto, o Governo do Estado reajustou o valor da obra, em R$ 1.665.156,85, passando de R$ 23.739.091,67 para R$ 25.404.248,52. Em março do ano passado, o secretário Marcelo Miglioli esteve no trecho e cobrou a execução de pelo menos 4 quilômetro por mês de asfalto.
Na ocasião a empresa assumiu o compromisso de contratar 75 trabalhadores, deslocar 90 equipamentos e colocar em plena carga a usina de asfalto montada às margens do trajeto da cidade, com capacidade de produzir 120 toneladas diárias. O serviço chegou a ser interrompido por falta de óleo diesel. Dias antes a empresa enfrentou paralisações por atraso salarial.