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Sidrolândia

Chegada do Uber reduz pela metade custo de corrida e provoca reação dos taxistas da cidade

Emerson diz que a presença de motoristas de Uber na cidade vai tornar a atividade inviável.

Flávio Paes/Região News

05 de Novembro de 2018 - 09:21

Chegada do Uber reduz pela metade custo de corrida e provoca reação dos taxistas da cidade

Por enquanto são apenas dois motoristas de Campo Grande, que vem para Sidrolândia trabalhar em turnos alternados com o aplicativo Uber. Entretanto, a presença deles na praça já provoca reação de taxistas e mototaxistas que temem perder a escassa clientela, atraída por corridas com tarifas até 50% mais baratas.

“Vamos pedir a intervenção da Prefeitura”, alerta Emerson Bittencourt, taxista há mais de 20 anos, baseado no ponto da rodoviária. Ele considera injusta a concorrência, já que os taxistas pagam aproximadamente R$ 800,00 por ano, pelo alvará e o ISSQN, além de serem obrigados a fazer o recolhimento mensal do INSS sobre um salário mínimo.

Para os clientes, a novidade é muito bem-vinda, já que enquanto qualquer corrida de táxi sai por R$ 15,00, a de mototáxis, R$ 8,00, o mesmo trajeto feito com Uber sai a R$ 7,50. Dona Rosangela Alves usou o serviço do aplicativo para sair de sua casa no conjunto Cohab e foi até a Rua Nioaque, pagou R$ 5,75, quando costumava gastar três vezes mais ao taxista.

O taxista Nilson Miguel Lopes, desde 1978 trabalhando como taxista na rodoviária, reclama também da falta de fiscalização por parte da Prefeitura e da falta de critérios na distribuição dos alvarás. “Criaram pontos até na zona rural e liberam um número excessivos de alvarás, inclusive até para motoristas sem habilitação para trabalhar na praça. Não tem movimento para justificar quase 50 táxis na cidade”, afirma.

Ele diz que há taxistas com mais de um carro na rodoviária. Outros receberam alvará para trabalhar em outros pontos, como o instalado em frente da UPA, mas ficam na rodoviária porque é o local de maior movimento.

Emerson diz que a presença de motoristas de Uber na cidade vai tornar a atividade inviável, especialmente, aqueles que além dos seus custos de manutenção, pagam em média R$ 600,00, pelo arrendamento dos alvarás.