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Sidrolândia

Com aproximação de ‘janela’, políticos se articulam para troca de partido a partir de março

Candidatos a reeleição poderão trocar de legenda sem o risco de perda do mandato por infidelidade partidária, durante janela.

Redação/Região News

03 de Fevereiro de 2020 - 07:23

Com aproximação de ‘janela’, políticos se articulam para troca de partido a partir de março

A pouco mais de um mês para abertura da janela partidária, período de 29 dias, entre 05 de março e 03 de abril, que vereadores e prefeito, candidatos a reeleição poderão trocar de legenda sem o risco de perda do mandato por infidelidade partidária, as articulações estão movimentando os bastidores políticos de Sidrolândia. O fato novo é que a partir de agora, não haverá coligações na disputa por vagas na Câmara. Os partidos podem se aliar apenas na disputa pela Prefeitura.

Como desdobramento desta regra, a estratégia agora passa a ser de concentrar chapas com nomes competitivos, o que teoricamente, reduz as chances de legendas nanicas, como acontecia até a última eleição, se juntarem para eleger bancadas, fazerem legenda e elegerem representantes no parlamento com poucos votos individuais.

No último final de semana por exemplo, o registro de um destes movimentos políticos, gerou reações nas redes sociais. O ex-prefeito Enelvo Felini, pré-candidato a prefeito pelo PSDB, se reuniu com o ex-vereador David Olindo e o filho dele, Carlos Henrique, presidente da Câmara. Carlos Henrique, vereador mais votado na eleição de 2016, vai sair do PDT e se filiar ao PSDB. A partir da postagem, passaram circular pelos grupos de WhatsApp, trechos de pronunciamentos de David, durante a campanha de 2018, com críticas pesadas ao PSDB sidrolandense, comandado por Enelvo.

Quem também está aquecendo as baterias para entrar de forma mais agressiva nas articulações é o deputado estadual Gerson Claro, que planeja eleger uma bancada de até 5 vereadores. Gerson deve levar para se juntar ao vereador Kennedi Forgiarini no PP, os vereadores Edno Ribas (PSB); Otacir Figueiredo (PROS); Cledinaldo Cotócio (PROS). Há especulações que Cristina Fiuza, filha do ex-prefeito Daltro Fiuza, pré-candidata a vereadora, esteja a caminho da sigla Progressista.

O 1º suplente do PROS, Juscelino, hesita entre o PP comandado por Gerson ou se manter alinhado à liderança do ex-prefeito Enelvo, que controla o Podemos, partido que no plano estadual é controlado pela deputada federal Rose Modesto e tem um representante na Câmara, o vereador Itamar de Souza.

O vereador Adilson Brito, que se elegeu pelo PROS, também estuda outro abrigo partidário. Recebeu sinalização de dirigentes do Patriota, controlado pelo deputado Lídio Lopes, do Podemos, do PRB, ligado as igrejas Universal e Sara Nossa Terra. O vereador Waldemar Acosta, não vai disputar reeleição. Como presidente municipal do PDT, pretende formar uma chapa que garanta a manutenção da representação parlamentar ao partido na próxima legislatura.

O ex-vereador Edvaldo dos Santos, que não disputou a reeleição porque estava inelegível, já trabalha sua candidatura. Filiado ao PDT, vai deixar o partido e admite até mesmo voltar ao PT.

O prefeito Marcelo Ascoli, eleito pelo PSL, também pode mudar de partido. Marcelo hesita entre o Democratas e o PSD, partido controlado pelo senador Nelson Trad Filho, que no âmbito municipal é constituído basicamente de secretários e assessores municipais. Um caso específico é do secretário de Saúde, Nélio Paim, ainda filiado ao PR, que já manifestou interesse em ser candidato a vereador. Nelinho, que tem raízes familiares no MDB, vai seguir alinhado com o projeto de reeleição do prefeito, ainda avalia seu futuro partidário.