Sidrolândia
Com mais 11 dias de campanha, 2.912 pessoas precisam se vacinar contra gripe em Sidrolândia
Conforme levantamento atualizado do Ministério da Saúde, de 10.129 pessoas, já foram imunizadas 7.217, cobertura de 71,25%, superior ao do ano passado.
Flávio Paes/Região News
03 de Junho de 2018 - 20:30
Ainda com mais 11 dias de campanha, que foi prorrogada até o dia 15 por causa da greve dos caminhoneiros, quase 30% do público-alvo em Sidrolândia ainda não se vacinou contra a gripe. Conforme levantamento atualizado do Ministério da Saúde, de 10.129 pessoas, já foram imunizadas 7.217, cobertura de 71,25%, superior ao do ano passado, quando foram aplicadas 6.952 vacinas (67,25% de cobertura). Falta ainda comparecer aos postos, 2.912 pessoas, basicamente, crianças (1.445) e idosos (1.321). Até agora receberam a vacina 1.744 crianças (54,69% de um total de 3.189) e 2.386 idosos (64,36% de 3.707).
Em compensação alguns segmentos já até ultrapassaram os 100% de cobertura. É o caso, por exemplo, dos trabalhadores da saúde (107%, foram vacinados 719 de um público estimado em 670); indígenas (106,50%, 1.901 imunizados para uma população estimada em 1.795) e puérperas (123%, 100 imunizadas, quando a expectativa era vacinar 81). Também não foi atingida a meta de gestantes: de 494,73, 81%, ou seja, 365, receberam a vacina.
Após o fim da campanha, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos. O Ministério da Saúde reforça a importância dos estados e municípios continuarem a vacinar os grupos prioritários, em especial, crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, público com maior risco de complicações para a doença.
Em Sidrolândia, conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, não houve registro de mortes causadas pela influenza. Foram confirmados sete casos de H3N2 e duas internações por gripe mais forte, uma delas, o paciente teve H1N1.
Nas 22 primeiras semanas deste ano, Mato Grosso do Sul registrou 488 notificações de influenza - em todas as variantes do vírus da gripe–, das quais 77 foram confirmadas pelas autoridades de saúde. Até o fim de maio a doença causou 13 mortes no Estado, o equivalente a uma a cada 12 dias. Deste total, oito se deram em Campo Grande.
Maior cidade do Estado, com cerca de 830 mil habitantes, Campo Grande registrou no período 62% das notificações do Estado: foram 305, com 46 confirmações (59,7% do total) –22 de influenza A H3N2, 17 de H1N1, 4 de influenza A não subtipada e 3 de influenza B.
Das 8 mortes na Capital, 5 se deram com o H3N2 sazonal, 2 por H1N1 e uma por influenza B. A Capital ainda tem um óbito sob investigação.
Interior – Em segundo lugar no número de casos confirmados aparece Bonito, onde houve cinco notificações, todas apontando positivo para a doença (2 de H1N1, 2 de H3N2 e 1 de influenza A não subtipado).
Naviraí foi o segundo município em notificações, com 32 alertas às autoridades de saúde. Destes, foram confirmados quatro casos (3 de H3N2 e uma não subtipada) e uma morte, por H3N2. Três Lagoas teve o mesmo número de casos confirmados, mas após 14 confirmações (dois de H1N1, um de H3N2 e um não subtipado), também com uma morte.
A SES também registrou óbitos em Chapadão do Sul e Nioaque (H1N1) e Aquidauana (H3N2 sazonal). O total de 13 mortes no Estado equivale a mais que o dobro registrado no mesmo período de 2017, quando houve 6 mortes em Mato Grosso do Sul atribuídas ao vírus da gripe.
O número, porém, ainda está distante de 2016, quando o Estado contabilizou 103 mortes pela doença; ou de 2015, com 29 mortes.
Gripe – A influenza e seus subtipos são causadores da gripe. Febre, tosse, dor de garganta e no corpo, acompanhada de mal estar, são os principais sintomas. Porém, o maior perigo está nas complicações: pneumonias e outras dificuldades respiratórias que podem levar à internação e até mesmo matar.
As autoridades de saúde recomendam que pessoas que apresentem os sintomas busquem em até 48 horas atendimento especializado, principalmente se portarem alguma outra doença. O tratamento em casos graves é baseado no antiviral Tamiflu, distribuído gratuitamente na rede pública de saúde.
Hábitos simples, como lavar as mãos com frequência, usar lenço descartável para limpar o nariz, cobrir boca e nariz ao espirrar ou tossir, manter ambientes ventilados e evitar ambientes com aglomeração são alguns dos meios de evitar exposição à influenza ou o contágio de terceiros.