Sidrolândia
Com sala lilás, Sidrolândia passa a ter estrutura para acolher vítimas da violência doméstica
O projeto sidrolandense, será uma espécie de laboratório de uma experiência que será levada a outras 10 cidades.
Flávio Paes/Região News
07 de Agosto de 2019 - 14:04
Num evento que atraiu a atenção da mídia (a TV Morena fez um flash ao vivo do acontecimento), foi inaugurada na manhã desta quarta-feira em Sidrolândia, a primeira Sala Lilás de Mato Grosso do Sul, um espaço de acolhimento e atendimento das mulheres vítimas da violência doméstica. O projeto sidrolandense, resultado da parceria do Governo com a Prefeitura, será uma espécie de laboratório de uma experiência que será levada a outras 10 cidades, Maracaju e Rio Negro, puxando a fila.
Sidrolândia, segundo o diretor-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, foi escolhida para receber a primeira “Sala Lilás”, após o município apresentar em 2018, em termos proporcionais, a maior taxa de casos de violência contra a mulher. Ano passado foram registrados 568 casos por grupos de 100 mil habitantes.
Segundo a delegada adjunta de Sidrolândia, Thaís Duarte Miranda, desde que chegou na cidade aumentou 20% o número de boletins de ocorrência de violência contra a mulher, a maioria, solicitou medidas protetivas. São em média de 20 a 30 boletins de ocorrência por dia. “Estamos reunindo, no mesmo lugar, a questão da Justiça, com acolhimento social e psicológico”, ressaltou.
O prefeito do município, Marcelo de Araújo Ascoli (PSL), conta que a gestão municipal ajudará na manutenção e também realizou a ampliação da delegacia da cidade, além de colaborar com materiais em parceria com o governo do estado. “Temos uma rede de enfrentamento para atender e colaborar no atendimento. Também temos profissionais da Prefeitura que auxiliam nesse atendimento. Queremos uma receita de sucesso para Mato Grosso do Sul e o Brasil e aqui temos um bom exemplo”, comentou. O prefeito foi estimulado a adotar a parceria pela primeira-dama, Ana Lídia, profissional de saúde.
Ana Lídia fez questão de acompanhamento a construção do projeto que além de garantir um espaço personalizado para as vítimas, inclui a cedência de uma psicóloga, brinquedoteca onde as crianças permanecem enquanto durar o atendimento da mãe.